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China aprova, mas faz ressalvas
DA REDAÇÃO
A China deu ontem um apoio
cauteloso aos ataques americanos
e britânicos contra bases do Taleban e campos de treinamento do
grupo Al Qaeda, do terrorista saudita Osama bin Laden.
Um porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores chinês condenou o terrorismo e pediu que os
ataques fosse dirigidos estritamente contra alvos militares, evitando a morte de civis.
"A China opõe-se a qualquer
forma de terrorismo e espera que
ataques militares relevantes contra o terrorismo sejam direcionados a objetivos específicos, para
evitar ferir civis inocentes", disse
o porta-voz à agência oficial de
notícias "Xinhua".
"A China espera que a paz seja
restaurada tão logo seja possível",
acrescentou o funcionário.
A declaração foi dada momentos depois de o presidente dos
EUA, George W. Bush, ter anunciado o ataque contra bases do
Taleban e posições da Al Qaeda.
A China vem defendendo que o
combate ao terrorismo seja feito
no âmbito da ONU. Mas o país
também enfrenta o separatismo
de etnias muçulmanas que vivem
na região de Xinjiang (noroeste).
Pequim afirma que grupos extremistas recebem inspiração e
apoio material do Afeganistão, o
que alimenta atos de terror.
O combate a grupos separatistas
e ao terrorismo e a impossibilidade de ter qualquer outra posição
nos primeiros dias após os ataques a Nova York e Washington
levaram o governo chinês a engrossar o coro dirigido pelos
EUA. Mas, com o tempo, a China
passou hesitar, pois teme que as
ações bélicas ajudem a aprofundar a hegemonia dos EUA.
Japão
No Japão, o primeiro-ministro
Junichiro Koizumi disse que foi
previamente informado das ações
pelo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell. Koizumi ordenou que fosse reforçada a
segurança interna no país.
O Japão não é considerado um
alvo preferencial de ataques terroristas em represália à ação norte-americana, já que tem um relação
de proximidade com o mundo
árabe. Mas o país é o aliado mais
próximo dos EUA na Ásia.
Na semana passada, o governo
japonês endossou uma medida
que permite apoio logístico e de
não-combate aos EUA. O país debate, porém, até que ponto pode
apoiar a ação americana sem infringir o princípio pacifista de sua
Constituição. Teme-se que haja
um recrudescimento do militarismo japonês, o que preocupa especialmente a China, que foi ocupada pelo Japão na Segunda Guerra.
Nesse sentido, o premiê confirmou que manterá sua visita à China, prevista para hoje.
Com agências internacionais
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