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IÊMEN
Indícios excluiriam a possibilidade de ataque externo
EUA acreditam que explosão de petroleiro possa ter sido acidente
DA REDAÇÃO
Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA afirmou ontem parecer improvável
que a explosão de um petroleiro
francês, anteontem, na costa do
Iêmen, tenha sido terrorismo.
Segundo esse funcionário, as
primeiras conclusões indicam
que a explosão ocorreu dentro do
navio Limburg, não como resultado de um ataque externo. Washington, porém, enviou oficiais
da Marinha para ajudar na investigação e não excluiu a possibilidade de atentado.
No Iêmen, um funcionário do
governo afirmou que o capitão
francês rejeitou várias vezes ofertas de ajuda por quatro horas depois da explosão. O funcionário,
que também pediu para não ser
identificado, disse que a recusa de
ajuda indicava que a explosão não
havia sido um ataque terrorista.
O capitão, Hubert Ardillon, não
fez declarações ontem. A tripulação do Limburg era formada por
oito franceses e 17 búlgaros, um
dos quais estava desaparecido.
Ela foi detida em um hotel iemenita para aguardar o desfecho das
investigações.
Mais cedo, o chanceler da França, Dominique de Villepin, dissera que a possibilidade de que a explosão tenha sido um ato deliberado não havia sido excluída.
"Nada foi excluído", afirmou. A
seção antiterror da Justiça francesa enviou uma equipe para trabalhar na investigação.
O incêndio no petroleiro só foi
totalmente apagado ontem. Empurrado por fortes ventos durante a noite, o Limburg estava a 24
km da costa. Um dos lados do petroleiro estava queimado e tinha
um buraco de cerca de um metro.
O vazamento de óleo deve causar
grandes danos ao ambiente local,
segundo especialistas ouvidos pela Reuters.
Nas proximidades, dois rebocadores esperavam para levar o navio ao porto de Mina al Dabah, a
cerca de 350 km da capital, Sanaa.
O premiê iemenita, Abdul-Kader Bajammal, montou um comitê especial para investigar o caso.
Funcionários da Euronav, a dona do Limburg, afirmaram que o
capitão viu um pequeno barco de
pesca se aproximando do petroleiro antes da explosão e que o
pesqueiro provavelmente levava
explosivos. O diretor da Euronav,
Jacques Moizan, disse: "Acreditamos que tenha sido um ato deliberado".
Em 2000, um pequeno barco
com explosivos colidiu com o
USS Cole, que abastecia no porto
de Áden. A explosão matou 17
marinheiros americanos. O ataque foi atribuído à Al Qaeda.
Com agências internacionais
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