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Ausência de ministro em posse de gabinete palestino sinaliza crise
DA REDAÇÃO
O premiê palestino, Ahmed Korei, tomou posse ontem junto
com seis ministros em cerimônia
com a presença do presidente da
ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat. O evento
ocorreu no QG do líder palestino
em Ramallah (Cisjordânia).
Outros dois ministros não compareceram à posse. Um deles é
Nasser Yousef, indicado para o
Ministério do Interior. A pasta é
considerada a mais importante
do gabinete, pois controlaria as
forças de segurança palestinas.
Oficialmente, autoridades palestinas disseram que Yousef não
compareceu porque estava doente. Mas a ausência poderia estar ligada a divergências entre o ministro e Arafat, que estaria resistindo
a entregar o controle das forças de
segurança a Yousef.
Jawad al Tibi, apontado para o
Ministério da Saúde, faltou à cerimônia porque não recebeu autorização de Israel para ir de sua casa, em Gaza, para Ramallah.
O novo gabinete foi anunciado
em caráter emergencial no domingo, após o atentado terrorista
em Haifa, no dia anterior, e do
ataque israelense à Síria. Por esse
motivo, não precisa ser aprovado
pelo Parlamento palestino.
Korei mais uma vez disse que
pretende convencer os grupos
terroristas palestinos a aceitar um
novo cessar-fogo, mas descartou
uma ação militar para combatê-los, pois isso, segundo ele, poderia
provocar uma guerra civil.
Os grupos terroristas palestinos
Hamas e Jihad Islâmico divulgaram nota criticando o novo gabinete palestino.
Israel disse que o anúncio do gabinete de emergência é uma manobra para salvar Arafat. Raanan
Gissin, assessor do premiê Ariel
Sharon, afirmou que o gabinete
será julgado por suas ações. "Mas
como foi estabelecido por Arafat,
sabemos que não vai combater o
terrorismo", afirmou.
Os EUA exigem que Korei combata o terrorismo.
Arafat, 74, precisou de ajuda para chegar ao local da cerimônia.
Sua voz estava trêmula, alimentando rumores sobre sua saúde
debilitada. "Estou do jeito que vocês me vêem", disse ele.
Hamas
O FBI (polícia federal dos EUA)
realizou uma operação nos anos
90 para verificar se o dinheiro
doado a instituições de caridade
islâmicas era desviado para o Hamas. Pouco mais de US$ 3.000 foi
doado. As notas foram rastreadas,
mas não foi possível confirmar as
suspeitas.
Com agências internacionais
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