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RELATÓRIO GOLDSTONE
Palestino vê erro na anuência em adiar debate sobre Gaza
DA REDAÇÃO
O apoio ao adiamento da
votação, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, do
relatório que acusa Israel e
Hamas de crimes de guerra
no conflito na faixa de Gaza
foi "um erro", admitiu ontem
um auxiliar do presidente da
Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
A decisão, tomada há uma
semana, postergou por seis
meses a votação, que poderia
remeter o texto ao Conselho
de Segurança da ONU, e motivou duras críticas a Abbas
na faixa de Gaza -controlada pelo Hamas- e na Cisjordânia -governada pela ANP.
"O que ocorreu foi um erro, mas que pode ser reparado", afirmou Abed Rabbo.
"Nós temos a coragem de admitir que houve um erro."
O relatório da ONU, baseado em investigações lideradas pelo juiz sul-africano judeu Richard Goldstone, acusa Israel de uso desproporcional de força na ofensiva
militar em Gaza em dezembro e janeiro últimos e de ter
como alvo toda a população
local, em vez de apenas o grupo radical palestino Hamas
-também criticado no texto.
O conflito na região deixou
1.400 palestinos, na maioria
civis, e 13 israelenses mortos.
O apoio ao adiamento por
Abbas foi atribuído a intensas pressões de bastidores
dos EUA, para quem uma
eventual remissão do relatório ao CS poderia minar os
esforços para o restabelecimento das negociações de
paz entre Israel e palestinos.
Além da série de protestos
contra o presidente da ANP,
a decisão motivou o Hamas a
pedir ontem o adiamento de
uma reunião entre o grupo e
o Fatah -partido de Abbas-
marcada para o próximo dia
25 como mais um passo das
negociações pela reconciliação, mediadas pelo Egito.
Em recuo, a ANP apoiou
pedido da Líbia por reunião
de emergência no CS para
discutir o texto. O pedido foi
aceito ontem, e a discussão
ocorrerá em uma semana.
Com agências internacionais
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