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REALEZA
Príncipe-herdeiro britânico desmente incidente relatado por ex-assessor e que a Justiça proibiu de ser publicado
Charles nega rumor de escândalo sexual
DA REDAÇÃO
O príncipe Charles assumiu a
ofensiva para tentar sufocar um
crescente escândalo ao se identificar como o membro da família
real britânica acusado de envolvimento num suposto incidente
comprometedor presenciado por
um empregado. O inusitado é que
o caso nem havia sido revelado.
O príncipe, por meio de assessor, negou que tenha havido o tal
incidente, sem explicá-lo. Os detalhes do caso não puderam ser
publicados porque um ex-empregado da família real conseguiu
uma determinação judicial no último sábado proibindo o "The
Mail on Sunday" de divulgá-los.
O anúncio do príncipe também
ocorreu horas depois de o diário
"The Guardian" conseguir anteontem na Justiça o direito de
poder identificar quem era o empregado que havia imposto a derrota ao outro jornal. Ele é Michael
Fawcett, ex-assessor pessoal de
Charles até deixar o cargo em
março por causa de uma disputa
sobre a venda de objetos reais.
O comunicado afirma que o ex-empregado que seria a fonte da
acusação já havia sofrido de estresse pós-traumático e de problemas com o álcool, após servir
na Guerra das Malvinas (1982), e
também já havia feito outras revelações não comprovadas pela polícia. Seu nome não é citado, mas
a referência é a George Smith, que
disse que havia sido estuprado
por um colega dentro do palácio.
O secretário particular do príncipe, Michael Peat, afirmou que os
rumores "totalmente absurdos"
tiveram de ser negados porque estavam se espalhando demais. Os
jornais britânicos publicaram ontem grandes textos sobre o imbróglio, mas foram vagos ao se referir à acusação contra Charles.
O "Independent" chamou de
"incidente comprometedor". O
"Times" falou em "incidente sexual envolvendo um ex-empregado da família real". As especulações começaram no mês passado,
quando o ex-mordomo da princesa Diana Paul Burrell reafirmou
que ela havia gravado um fita em
que Smith acusava um colega de o
ter estuprado. No dia 28, o jornal
"The Daily Mirror", que publicou
em forma de série o livro do ex-mordomo, afirmou que Smith
também alegava que havia presenciado um ato sexual envolvendo um integrante da família real.
Alguns analistas avaliaram que,
ao negar a acusação antes de ser
revelada, Charles deu mais publicidade ao caso. "Eles pegaram um
boato que centenas de pessoas sabiam da existência e transformaram num rumor sobre o qual milhões de pessoas estão se perguntando", disse o agente de celebridades Max Clifford. Charles estava em visita oficial a Omã ontem,
onde fez várias piadas tentando
mostrar bom humor.
Com o "Independent" e agências
internacionais
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