São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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Fixação por pesquisas poderá derrubar estrategista dos Clinton

DA REDAÇÃO

Em agosto de 2007, o estrategista-chefe da campanha de Hillary Clinton, Mark Penn, foi considerado pela revista "The Economist" o mais proeminente dos conselheiros dos pré-candidatos presidenciais nos EUA. Pouco mais de cinco meses depois, o cenário mudou por completo: Penn se aproxima do abismo na mesma velocidade em que Barack Obama abocanha o apoio de mais e mais parcelas de eleitores democratas pelo país.
Na reportagem do ano passado, a "Economist" descreveu Penn como "um gênio das pesquisas": a flutuação da intenção de voto é o mais forte fator decisório para a direção dos rumos da campanha.
Mas após a derrota de Hillary em Iowa, membros da equipe de campanha acusaram Penn de perceber tarde demais que "mudança" -mote de Obama- é hoje uma mensagem muito mais poderosa do que "experiência". Um conselheiro disse que Penn está tão absorto em pesquisas que não compreendeu o déficit que a persona de Hillary tem entre os eleitores, afirmou o "New York Times".
Penn, 53, nasceu em Nova York e é casado com Nancy Jacobson. Ele não é novato entre os Clinton, que conhece desde 1995, e gerenciou as campanhas da ex-primeira-dama ao Senado em 2000 e 2006. Antes, foi conselheiro de Bill Clinton.
Defensor de longa data dos laços americanos com Israel, foi ele quem convenceu Hillary a não se desculpar por ter votado pela invasão do Iraque, em 2003, em uma tentativa de evitar uma imagem de fraqueza.
O hoje questionado investimento de Hillary na imagem de "inevitabilidade" de sua vitória também foi moldado por Penn, diz o "Times". O estrategista é visto como um democrata de centro, próximo dos conservadores e com vários elos com empresários de Washington.
A "Economist" afirma que ele ficou milionário ao vender sua firma de consultoria para o Grupo WPP, um gigante das relações públicas, em 2001. Além de uma empresa de pesquisas, ele hoje dirige uma filial do WPP que gerencia a conta da Microsoft e também já trabalhou para a Blackwater, firma de segurança privada acusada pela morte de civis iraquianos em Bagdá em 2007.


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