|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fixação por pesquisas poderá derrubar estrategista dos Clinton
DA REDAÇÃO
Em agosto de 2007, o estrategista-chefe da campanha de Hillary Clinton, Mark Penn, foi
considerado pela revista "The
Economist" o mais proeminente dos conselheiros dos pré-candidatos presidenciais nos
EUA. Pouco mais de cinco meses depois, o cenário mudou
por completo: Penn se aproxima do abismo na mesma velocidade em que Barack Obama
abocanha o apoio de mais e
mais parcelas de eleitores democratas pelo país.
Na reportagem do ano passado, a "Economist" descreveu
Penn como "um gênio das pesquisas": a flutuação da intenção
de voto é o mais forte fator decisório para a direção dos rumos da campanha.
Mas após a derrota de Hillary
em Iowa, membros da equipe
de campanha acusaram Penn
de perceber tarde demais que
"mudança" -mote de Obama-
é hoje uma mensagem muito
mais poderosa do que "experiência". Um conselheiro disse
que Penn está tão absorto em
pesquisas que não compreendeu o déficit que a persona de
Hillary tem entre os eleitores,
afirmou o "New York Times".
Penn, 53, nasceu em Nova
York e é casado com Nancy Jacobson. Ele não é novato entre
os Clinton, que conhece desde
1995, e gerenciou as campanhas da ex-primeira-dama ao
Senado em 2000 e 2006. Antes,
foi conselheiro de Bill Clinton.
Defensor de longa data dos
laços americanos com Israel,
foi ele quem convenceu Hillary
a não se desculpar por ter votado pela invasão do Iraque, em
2003, em uma tentativa de evitar uma imagem de fraqueza.
O hoje questionado investimento de Hillary na imagem de
"inevitabilidade" de sua vitória
também foi moldado por Penn,
diz o "Times". O estrategista é
visto como um democrata de
centro, próximo dos conservadores e com vários elos com
empresários de Washington.
A "Economist" afirma que
ele ficou milionário ao vender
sua firma de consultoria para o
Grupo WPP, um gigante das relações públicas, em 2001. Além
de uma empresa de pesquisas,
ele hoje dirige uma filial do
WPP que gerencia a conta da
Microsoft e também já trabalhou para a Blackwater, firma
de segurança privada acusada
pela morte de civis iraquianos
em Bagdá em 2007.
Texto Anterior: Hillary concentra forças na Superterça Próximo Texto: Líder de time de Obama foca em personalidade em vez de política Índice
|