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Nota do PT irrita entidades pró-Israel
DA REDAÇÃO
Uma nota do Partido dos
Trabalhadores condenando
o que qualifica de "ataques
criminosos" de Israel contra
Gaza gerou reação indignada
de entidades judaicas.
O comunicado do PT, assinado por seu presidente, Ricardo Berzoini, e pelo secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, diz, no trecho mais polêmico, que "a retaliação
contra civis é uma prática típica do Exército nazista".
A Confederação Israelita
do Brasil divulgou nota registrando "profundo espanto"
com o comunicado do PT.
"Rejeitamos ainda sua
comparação de qualquer
movimento por parte de Israel com o Exército nazista.
(...) [Nos campos de extermínio] as minorias assassinadas não carregavam morteiros e nem foguetes, não detinham conhecimento de técnicas terroristas nem se escondiam atrás de civis, de
forma covarde, como fazem
os líderes do Hamas", diz.
A nota do PT também foi
alvo de contestação da seção
latino-americana do Centro
Simon Wiesenthal, que luta
pela punição a criminosos de
guerras nazistas, com sede
em Buenos Aires.
A entidade disse que o comunicado do PT é "escandaloso" e "demonstra solidariedade com o antissemitismo".
Por meio do site do PT, Pomar respondeu. "O PT sempre se manifestou contra o
terrorismo, venha de onde
vier. Não discutimos o direito de Israel se defender de
ataques terroristas. Mas, a
pretexto da autodefesa, o que
estamos vendo é o terrorismo de Estado contra civis."
Ao Centro Simon Wiesenthal Pomar disse que "escandaloso é um centro de direitos humanos fechar os olhos
diante da barbárie praticada
contra o povo de Gaza".
A polêmica se dá às vésperas do início de um tour do
chanceler Celso Amorim ao
Oriente Médio. O governo
brasileiro -chefiado pelo petista Lula- diz querer incluir
novas vozes, imparciais, na
mediação do conflito israelo-palestino.
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