São Paulo, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007

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GM ameaça abandonar Venezuela

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O presidente da GM do Brasil e do Mercosul, Ray Young, disse ontem que existe o risco de, no futuro, a multinacional encerrar as suas atividades na Venezuela caso o governo do presidente Hugo Chávez continue a limitar a compra de dólares.
"Sempre há um risco [de as atividades da GM na Venezuela se encerrarem]. Se nós não conseguimos dólares, não podemos comprar peças e os kits desmontados", disse Young, durante visita à fábrica da GM em São José dos Campos (SP).
"Até agora nós não tivemos esse risco, mas estamos sempre analisando e olhando a situação. É muito preocupante para nós a situação na Venezuela", completou.
Esta é a segunda vez que uma montadora declara a possibilidade de fechar as portas na Venezuela. Na última terça-feira, o gerente de vendas e marketing da Toyota naquele país, Enrique Pinochet, afirmou que a empresa poderá suspender os trabalhos já na semana que vem. A alegação também foi a limitação da compra de dólares pelo governo Chávez.
A GM não possui fábrica na Venezuela. A subsidiária apenas importa peças e automóveis desmontados (CKDs) e os monta no país.
Estimulada pelo crescimento econômico dos últimos três anos, a venda de carros tem crescido na Venezuela. No mês passado, a venda de automóveis cresceu 40,3% em relação ao mesmo mês de 2006. Ao todo, foram vendidas 28.619 unidades no país.


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