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CHINESES NA ÁFRICA
Hu diz que não pretende "neocolonizar" continente
DO "MONDE", EM JOHANESBURGO
Na sexta escala de sua visita de 12 dias a oito países da
Africa, o presidente chinês,
Hu Jintao, disse em Pretória,
África do Sul, que a China
não assumiu uma atitude
"neocolonialista" em relação
ao continente.
Cada vez mais presentes
na África, os chineses ao
mesmo tempo atraem e causam inquietação, e protestos
contra eles começam a surgir
em alguns países.
A etapa mais difícil da viagem diplomática do presidente chinês foi a visita à
Zâmbia, onde suas jornadas
ao interior do país foram
canceladas pelos anfitriões.
Hu deveria ter visitado uma
mina de cobre em Chambisi,
onde 50 trabalhadores morreram em uma explosão em
abril de 2005.
No final de janeiro, os operários da Mulungushi, uma
das maiores produtoras de
têxteis da Zâmbia, se manifestaram diante da embaixada chinesa na capital do país,
Lusaka, em protesto contra
os baixos salários e as más
condições de trabalho. Alguns dias antes, a direção da
Mulungushi, empresa de capital chinês, havia anunciado
a dispensa temporária de
cerca de 700 operários.
A acolhida um tanto fria
não impediu o líder chinês de
prometer US$ 800 milhões
em investimentos na mina
de Chambishi, bem como o
perdão de dívidas de US$ 7,9
milhões do governo da Zâmbia com o seu país.
Na África do Sul, por outro
lado, a acolhida que ele recebeu foi muito calorosa, e sua
estadia não resultou em
quaisquer incidentes, mesmo que a Cosatu, a poderosa
central sindical sul-africana,
tenha expressado certas reservas quanto às intenções
chinesas. O presidente Thabo Mbeki assumiu a defesa
da China, garantindo que,
em sua opinião, o país não reproduziria "as relações econômicas históricas do colonialismo".
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