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Premiê sérvio renuncia após rompimento da coalizão
DA REDAÇÃO
Menos de um mês depois da
declaração de independência
da ex-Província de Kosovo, o
premiê da Sérvia, Vojislav Kostunica, renunciou ontem ao
posto devido ao rompimento
da coalizão que sustentava o
governo. "O gabinete, que não
tem políticas unidas, não pode
funcionar. É o fim do governo",
disse o líder numa entrevista
coletiva. "Convoquei uma reunião de gabinete para o dia 10
de março para discutir a dissolução do Parlamento".
Ele afirmou que proporá ao
presidente Boris Tadic, reeleito
recentemente, a convocação de
novas eleições para o dia 11 de
maio, data em que já ocorreriam pleitos regionais.
Em um comunicado, Tadic se
disse favorável à convocação
das eleições, que vê como "uma
forma democrática de superar
a crise política".
O gabinete, constituído por
conservadores nacionalistas ligados a Kostunica e democratas pró-Ocidente aliados a Tadic, fora formado em maio último, após meses de negociações.
O líder nacionalista acusou
indiretamente os sócios pró-ocidentais da coalizão de desistir de defender a soberania da
Sérvia sobre Kosovo.
Ele disse que uma parte da
coalizão só admite fazer parte
da União Européia (UE) se a independência de Kosovo, já reconhecida por dois terços dos
membros da UE, for revogada,
enquanto a maioria dos sócios
no governo não quer relacionar
a entrada no bloco europeu à
questão de Kosovo.
O Partido Democrático da
Sérvia, de Kostunica, disse que
apoiará uma moção parlamentar que exige da UE que confirme de forma "clara e não ambígua" a integridade territorial da
Sérvia para dar continuidade às
negociações para a integração
do país à UE. O Partido Democrata, do presidente Boris Tadic, se opôs a essa moção numa
reunião de gabinete no começo
da semana. Os partidos pró-UE
dizem que a moção não vai trazer Kosovo de volta, mas apenas impedir a Sérvia de juntar-se ao bloco.
Para Tadic, a disputa com o
grupo de Kostunica não é sobre
Kosovo. "A questão é que o governo sérvio não tem uma posição unida sobre perspectivas
européias e econômicas."
Com agências internacionais
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