São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2010

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Com contas sob escrutínio, Kirchner diz que doa salário a Mães da Praça de Maio

DA REDAÇÃO

As emblemáticas organizações argentinas Mães da Praça de Maio e Avós da Praça de Maio disseram ontem que dividem entre si o salário de deputado do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007).
A doação foi divulgada depois que o jornal "Clarín" publicou que Kirchner acumulava a pensão de ex-presidente com o salário de legislador (US$ 3.212 e US$ 7.629), algo permitido por lei.
O marido da presidente Cristina Kirchner, porém, seria o único ex-mandatário pós-ditadura a fazê-lo, disse o jornal, num momento em que o patrimônio do casal está sob escrutínio por conta do suposto enriquecimento atípico da família desde 2003.
A revelação sobre a doação explica o acúmulo de salários, mas abre debate sobre a cooptação das entidades. As Mães da Praça de Maio -símbolo de resistência à ditadura (1976-1983) por cobrar o paradeiro de seus filhos- e as Avós da Praça de Maio -que se dedicam a achar bebês roubados de presos políticos- apoiam o governo e são lastro para os Kirchner ante a esquerda do peronismo.
A punição dos crimes de militares na ditadura é uma bandeira de Kirchner, que anulou leis que impediam julgá-los. Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, liderou uma marcha pró-Cristina há cinco dias.


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