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Com contas sob escrutínio, Kirchner diz que doa salário a Mães da Praça de Maio
DA REDAÇÃO
As emblemáticas organizações argentinas Mães da Praça de Maio e Avós da Praça de
Maio disseram ontem que dividem entre si o salário de deputado do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007).
A doação foi divulgada depois que o jornal "Clarín" publicou que Kirchner acumulava a pensão de ex-presidente com o salário de legislador
(US$ 3.212 e US$ 7.629), algo
permitido por lei.
O marido da presidente
Cristina Kirchner, porém, seria o único ex-mandatário
pós-ditadura a fazê-lo, disse o
jornal, num momento em que
o patrimônio do casal está sob
escrutínio por conta do suposto enriquecimento atípico
da família desde 2003.
A revelação sobre a doação
explica o acúmulo de salários,
mas abre debate sobre a cooptação das entidades. As Mães
da Praça de Maio -símbolo
de resistência à ditadura
(1976-1983) por cobrar o paradeiro de seus filhos- e as
Avós da Praça de Maio -que
se dedicam a achar bebês roubados de presos políticos-
apoiam o governo e são lastro
para os Kirchner ante a esquerda do peronismo.
A punição dos crimes de
militares na ditadura é uma
bandeira de Kirchner, que
anulou leis que impediam julgá-los. Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de
Maio, liderou uma marcha
pró-Cristina há cinco dias.
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