São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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Europa impõe aliança de rivais e privatização na ajuda a Portugal

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O socorro financeiro da União Europeia a Portugal virá acompanhado da exigência de ajustes mais duros do que os que seriam adotados pelo país se o Parlamento tivesse aprovado os planos do governo no final de março.
Durante as negociações do pacote de ajuda, os ministros da zona do euro informaram que vão exigir um programa de privatização e profundos cortes de gastos públicos.
Uma das exigências da Comissão Europeia (CE) é negociar os termos do programa com oposição e situação, já que o premiê José Sócrates renunciou ao cargo em 23 de março, após o Parlamento ter rejeitado o pacote de ajuste fiscal que ele acreditava que ajudaria o país a sair da crise.
Mesmo demissionário, foi Sócrates quem fez o pedido de socorro financeiro internacional, em pronunciamento na TV, na quarta-feira.
A estimativa dos ministros europeus é a de que o programa de ajuda seja finalizado em meados de maio que vem e implementado logo após as eleições, no início de junho.
"As negociações vão começar imediatamente para alcançarmos um acordo multipartidário para o programa de ajuste que será implementado logo após a formação do governo", disse o comissário europeu para Assuntos Financeiros, Olli Rehn.
A CE estimou em cerca de € 80 bilhões (equivalentes a R$ 181 bilhões) o tamanho da ajuda que será enviada a Portugal, segundo Rehn.
Se o valor se confirmar, será menor que o socorro enviado pelos sócios europeus à Grécia, que recebeu 110 bilhões, e à Irlanda, que recebeu € 85 bilhões.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) também recebeu oficialmente um pedido de ajuda de Portugal, ontem. Com isso, a previsão é que dois terços do socorro sejam enviados pelos europeus e um terço, pelo FMI.
O presidente do Eurogrupo (dos países que adotam a moeda única), Jean Claude Juncker, disse que Portugal será submetido a um programa de reforma para se tornar mais competitivo. O primeiro passo será garantir que o país se fortaleça para que honre o pagamento a seus credores.


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