São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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Montadoras do Japão anunciam volta da produção

Paralisadas em consequência do tsunami, Toyota, Nissan e Honda retomarão atividade no país com 50% da capacidade

Em Sendai, uma das cidades mais atingidas, aeroporto vai voltar a funcionar; veto à venda de vegetais é suspenso

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Num raro dia de boas notícias desde a combinação de tremor e tsunami que atingiu o Japão em 11 de março, matando mais de 12 mil pessoas, montadoras japonesas anunciaram a retomada de sua produção, e o governo suspendeu algumas restrições à venda de vegetais e leite.
Companhias aéreas também informaram que retomarão nesta quarta-feira suas atividades no aeroporto de Sendai, uma das cidades mais devastadas pelo tsunami -e que, desde a tragédia, vinha recebendo apenas voos de ajuda humanitária.
Anteontem, a mais forte réplica do terremoto de 9 graus de março, com magnitude 7,1, deixou três mortos, pelo menos 450 mil casas sem luz e provocou uma nova onda de ansiedade no nordeste do Japão, com corrida aos supermercados e longas filas para comprar gasolina.
A Toyota, montadora que é líder global de produção e vendas, informou que retomará em dez dias as atividades em todas as suas fábricas no Japão, usando metade da capacidade. Cerca de 50% dos veículos vendidos pela empresa no mundo são feitos nas suas fábricas japonesas.
Nissan e Honda também anunciaram que vão reabrir suas fábricas no país, igualmente funcionando com metade da sua capacidade.
A maioria das montadoras não sofreu impacto direto do tsunami, mas os cortes de água, luz e combustível resultantes do terremoto interromperam a produção de componentes fundamentais para a fabricação dos carros, como pigmentos e chips.
Ontem, o Japão também decidiu suspender a proibição da venda de vegetais -como espinafre- produzidos na província de Gunma, a sudoeste da usina nuclear de Fukushima, que liberou altos índices de radioatividade depois de ser severamente danificada pelo terremoto.
Segundo o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, as medições feitas nos vegetais nas últimas três semanas mostraram que os níveis de radiação estão abaixo do limite estabelecido por lei.

NOVO VAZAMENTO
Após o tremor de anteontem, foi detectado vazamento de água radioativa na usina de Onagawa, que não fora danificada pelo primeiro terremoto. Segundo a administradora da usina, porém, a água ficou retida numa estrutura de contenção, e o nível de radiação não subiu.
Ontem, um porta-voz do Ministério do Exterior da China expressou preocupação com o vazamento de água de Fukushima para o mar.
Os chineses prometeram monitorar de perto as ações do Japão contra a crise nuclear e pediram aos japoneses informações "rápidas e precisas" sobre o assunto.


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