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São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2003

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País teria condição de ter bomba em 2005

DA REDAÇÃO

Signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares da ONU, que limita a fins pacíficos a produção de energia nuclear, o Irã mantém um programa nuclear que produzirá 6.000 megawatts de energia para consumo nos próximos 20 anos. O projeto tem um cronograma que se estenderia até 2005, como a imprensa americana tem noticiado, citando fontes militares de seu país. O programa daria ao Irã a capacidade de produzir uma série de bombas por ano, segundo os EUA.
Até o fim deste ano, deve começar a operar, em Bushehr (sul), uma usina construída com o auxílio da Rússia. Em Natanz, na região central, outra usina de enriquecimento de urânio já teria condições de operar e, no oeste do país, em Arak, uma terceira unidade estaria em funcionamento.
O presidente Mohammad Khatami disse, em fevereiro, que o país faz escavações para extração de urânio em Ardakan (centro).
Os EUA acusam o Irã de manter o programa com fins bélicos, já que, com sua vasta reserva de petróleo e de gás natural, não haveria necessidade de usar uma fonte alternativa de energia.
Rechaçando a acusação, o governo iraniano alega que o país consome boa parte de sua produção petroleira e abriu suas instalações para inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), em fevereiro.
Embora só então tenha admitido a existência do programa nuclear, há quase 20 anos o Irã busca abertamente desenvolver tecnologia nuclear. Porém as recentes revelações levaram militares americanos a declarar que o Irã está "muito mais avançado" na questão do que era imaginado.


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