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País teria condição de ter bomba em 2005
DA REDAÇÃO
Signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares
da ONU, que limita a fins pacíficos a produção de energia nuclear, o Irã mantém um programa
nuclear que produzirá 6.000 megawatts de energia para consumo
nos próximos 20 anos. O projeto
tem um cronograma que se estenderia até 2005, como a imprensa
americana tem noticiado, citando
fontes militares de seu país. O
programa daria ao Irã a capacidade de produzir uma série de bombas por ano, segundo os EUA.
Até o fim deste ano, deve começar a operar, em Bushehr (sul),
uma usina construída com o auxílio da Rússia. Em Natanz, na região central, outra usina de enriquecimento de urânio já teria
condições de operar e, no oeste do
país, em Arak, uma terceira unidade estaria em funcionamento.
O presidente Mohammad Khatami disse, em fevereiro, que o
país faz escavações para extração
de urânio em Ardakan (centro).
Os EUA acusam o Irã de manter
o programa com fins bélicos, já
que, com sua vasta reserva de petróleo e de gás natural, não haveria necessidade de usar uma fonte
alternativa de energia.
Rechaçando a acusação, o governo iraniano alega que o país
consome boa parte de sua produção petroleira e abriu suas instalações para inspeções da AIEA
(Agência Internacional de Energia Atômica), em fevereiro.
Embora só então tenha admitido a existência do programa nuclear, há quase 20 anos o Irã busca
abertamente desenvolver tecnologia nuclear. Porém as recentes
revelações levaram militares americanos a declarar que o Irã está
"muito mais avançado" na questão do que era imaginado.
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