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Obama renova sanções contra governo da Síria
Casa Branca acusa Damasco de "apoiar terrorismo"
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, Barack Obama, renovou ontem
por mais um ano as sanções
contra a Síria, alegando "sérias
preocupações" com o comportamento do país.
A decisão foi formalizada um
dia após Obama assinar uma
ordem executiva estendendo o
prazo para o eventual abandono das sanções comerciais e financeiras.
As punições foram impostas
pela primeira vez em 2004, por
considerar a Síria um Estado
patrocinador do terrorismo, e
endurecidas em 2007.
Em carta enviada ontem ao
Congresso americano, Obama
justificou a decisão de prorrogar as medidas afirmando que
Damasco "continua apoiando o
terrorismo, buscando adquirir
armas de destruição em massa
e minar os esforços dos EUA
[...] pela estabilização e reconstrução do Iraque".
A Síria apoia o grupo palestino Hamas e o libanês Hizbollah
e é suspeita de ter um programa
nuclear clandestino.
O governo sírio também é
acusado pelos EUA de ter orquestrado o atentado que matou, em 2005, o ex-premiê libanês Rafik Hariri. Desde então
Washington retirou seu embaixador de Damasco, mas as relações não estão rompidas.
A renovação das sanções destoa do tom apaziguador que vinha predominando na relação
entre o presidente democrata e
o ditador sírio, Bashar Assad.
Além de ter declarado reiteradas vezes sua disposição em
dialogar e normalizar relações,
rompendo com a confrontação
permanente que prevaleceu no
governo de George W. Bush,
Obama havia enviado duas delegações a Damasco.
Na mais recente, encerrada
na quarta-feira, dois assessores
do presidente democrata disseram ao governo sírio que os
EUA estão comprometidos em
buscar um acordo de paz entre
a Síria e Israel, uma das principais metas diplomáticas das autoridades de Damasco.
Fator israelense
Mas a perspectiva de diálogo
entre sírios e israelenses foi
abalada ontem, depois que o
novo premiê de Israel, o linha-dura Binyamin Netanyahu,
descartou atender a principal
reivindicação de Damasco: a retirada das colinas do Golã, anexadas pelo Estado judaico na
Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Permanecer no Golã garante a Israel a vantagem estratégica em caso de conflito com a Síria", disse Netanyahu em entrevista a jornais russos.
O primeiro-ministro, que vai
a Washington na próxima semana, também rejeita a criação
de um Estado palestino, norte
das conversas de paz desde os
Acordos de Oslo (1993).
Com agências internacionais
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