DA REDAÇÃO

O plebiscito revogatório do mandato do presidente venezuelano, Hugo Chávez, ocorrerá no dia 15 de agosto. A informação foi antecipada ontem pelo vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Ezequiel Zamora. O anúncio estava previsto para ser feito horas depois pelo presidente do CNE, Francisco Carrasquero.
A oposição exigia o cumprimento do compromisso prévio, celebrado em abril, de que a consulta aconteceria em 8 de agosto. Nesse caso, se a oposição ganhasse, seriam convocadas eleições. A oposição temia que houvesse alguma "armadilha" no dia 15 --a data defendida pelo governo. Isso porque se a consulta se realizasse depois do dia 19 de agosto --quando começa o quarto ano de governo Chávez-- e o presidente fosse derrotado no plebiscito, seu vice assumiria até 2006.
Segundo o jornal "El Universal", Zamora disse que houve a aprovação com a condição de que a data que contará para uma possível revogação do mandato será o dia 15, e não o dia em que saiam os resultados, o que descarta a possibilidade de o vice assumir a Presidência caso Chávez seja derrotado. Zamora informou que o plebiscito será automatizado.
O chanceler venezuelano, Jesus Perez, disse ontem que Chávez poderia concorrer à Presidência caso perca o plebiscito. "Nada impede que Chávez, caso perca o plebiscito --o que é uma situação hipotética--, concorra novamente." A Constituição prevê que "um novo presidente" seja eleito, mas os chavistas querem que a Suprema Corte se pronuncie.