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CERCO AO GENERAL
Custo dos advogados pode chegar a US$ 8,4 mi
Reino Unido pagará metade dos gastos com a defesa de Pinochet
SYLVIA COLOMBO
de Londres
A Câmara dos Lordes, instância
máxima da Justiça britânica, decidiu ontem que os gastos com a
defesa do general chileno Augusto Pinochet no processo de extradição para a Espanha serão divididos entre o governo britânico e
o ex-ditador.
Pinochet, detido em Londres há
oito meses, aguarda decisão sobre
pedido de extradição feito pela
Espanha para que seja julgado
por crimes de tortura e conspiração cometidos no período em que
governou o Chile (1973-90).
O custo da defesa judicial não
está definido. Especula-se que
possa chegar a US$ 8,4 milhões.
Os lordes consideraram as quatro audiências que aconteceram
até agora no processo. O general
terá de pagar os honorários de
seus advogados em duas delas:
uma perante a Alta Corte, em outubro, quando o caso começou, e
outra perante a Câmara dos Lordes, em março. Os custos das
duas outras audiências, ambas
perante os lordes, serão pagos pelos contribuintes britânicos.
Apesar do protesto da Fundação Pinochet, que ajuda a custear
a defesa, a decisão agradou a simpatizantes do general.
Desaparecidos no Brasil
A Itália abriu investigação sobre
o papel de Pinochet no desaparecimento, nos anos 70 e 80, de cinco uruguaios e três argentinos, todos de origem italiana.
Eles teriam sido sequestrados
no âmbito da Operação Condor,
que interligou os mecanismos de
repressão de governos da América do Sul e era coordenada por Pinochet. Os três argentinos teriam
desaparecido no Brasil.
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