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Chávez promete energia por 100 anos
No Uruguai, venezuelano diz que, após acordo com Caracas, Uruguai garantiu fornecimento energético "neste século"
PDVSA anuncia compra
de 10% da Ancap, estatal
uruguaia em crise, e ampliação de refinaria; Chávez segue para Equador
DA REDAÇÃO
O presidente Hugo Chávez
afirmou em Montevidéu que o
Uruguai não tem mais por que
"preocupar-se" com questões
energéticas porque a "Venezuela se compromete a fornecer toda a energia que o país necessite neste século".
A crise energética é um problema para o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez. Há alta
na demanda e interrupção no
fornecimento de gás -em junho, houve desabastecimento
geral por quase dois dias.
A promessa de transferência
energética, está, segundo Chávez, contemplada no Tratado
de Segurança Energética assinado entre os países ontem.
Segundo a agência de notícias oficial venezuelana, durante a visita de Chávez a Montevidéu a estatal do petróleo
PDVSA acertou a compra de
10% da Ancap (Administração
Nacional de Combustíveis, Álcool e Cimento Portland), estatal uruguaia que vive crise financeira. Não foi informado o
valor da transação.
As estatais também assinaram acordo para a ampliação da
refinaria uruguaia La Teja.
No encontro com Tabaré
Vázquez, Chávez voltou a falar
sobre a demora para a aprovação da entrada do país no Mercosul -o Uruguai e a Argentina
já ratificaram a adesão; faltam
Brasil e Paraguai. Afirmou que
não há motivos para que a aprovação não saia até o fim do ano.
Esclareceu, porém, que não era
um "ultimato".
O venezuelano aproveitou
para repetir ao México o convite para entrar no Mercosul -o
mesmo aceno de aproximação
feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana.
Chávez trabalha para reaquecer as ligações com o país. Após
mais de dois anos, Caracas nomeou um embaixador para o
México: o ex-chanceler Roy
Chaderton Matos.
Equador
O Uruguai foi a segunda parada da turnê de Chávez pela
região, que começou pela Argentina. A comitiva venezuelana seguiu ontem para Quito,
onde Equador e Venezuela
anunciarão mais projetos conjuntos, entre eles a construção
de uma refinaria estimada em
US$ 5 bilhões.
A unidade terá capacidade
para processar 300 mil barris
por dia de petróleo cru, num
momento em que a renda do
produto, principal divisa do
país, cai (o recuo foi de 25% até
abril, comparado a 2006).
Segundo os analistas, a queda
é fruto da falta de investimento,
principalmente externo.
"A situação da indústria petroleira equatoriana é preocupante porque chegou a uma crise terrível", disse ontem Carlos
Pareja, presidente da estatal
Petroecuador. Para ele, os convênios com a PDVSA "são importantíssimos para o futuro
do país".
Com agências internacionais
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