São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Chávez promete energia por 100 anos

No Uruguai, venezuelano diz que, após acordo com Caracas, Uruguai garantiu fornecimento energético "neste século"

PDVSA anuncia compra de 10% da Ancap, estatal uruguaia em crise, e ampliação de refinaria; Chávez segue para Equador

DA REDAÇÃO

O presidente Hugo Chávez afirmou em Montevidéu que o Uruguai não tem mais por que "preocupar-se" com questões energéticas porque a "Venezuela se compromete a fornecer toda a energia que o país necessite neste século".
A crise energética é um problema para o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez. Há alta na demanda e interrupção no fornecimento de gás -em junho, houve desabastecimento geral por quase dois dias.
A promessa de transferência energética, está, segundo Chávez, contemplada no Tratado de Segurança Energética assinado entre os países ontem.
Segundo a agência de notícias oficial venezuelana, durante a visita de Chávez a Montevidéu a estatal do petróleo PDVSA acertou a compra de 10% da Ancap (Administração Nacional de Combustíveis, Álcool e Cimento Portland), estatal uruguaia que vive crise financeira. Não foi informado o valor da transação.
As estatais também assinaram acordo para a ampliação da refinaria uruguaia La Teja.
No encontro com Tabaré Vázquez, Chávez voltou a falar sobre a demora para a aprovação da entrada do país no Mercosul -o Uruguai e a Argentina já ratificaram a adesão; faltam Brasil e Paraguai. Afirmou que não há motivos para que a aprovação não saia até o fim do ano. Esclareceu, porém, que não era um "ultimato".
O venezuelano aproveitou para repetir ao México o convite para entrar no Mercosul -o mesmo aceno de aproximação feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Chávez trabalha para reaquecer as ligações com o país. Após mais de dois anos, Caracas nomeou um embaixador para o México: o ex-chanceler Roy Chaderton Matos.

Equador
O Uruguai foi a segunda parada da turnê de Chávez pela região, que começou pela Argentina. A comitiva venezuelana seguiu ontem para Quito, onde Equador e Venezuela anunciarão mais projetos conjuntos, entre eles a construção de uma refinaria estimada em US$ 5 bilhões.
A unidade terá capacidade para processar 300 mil barris por dia de petróleo cru, num momento em que a renda do produto, principal divisa do país, cai (o recuo foi de 25% até abril, comparado a 2006).
Segundo os analistas, a queda é fruto da falta de investimento, principalmente externo.
"A situação da indústria petroleira equatoriana é preocupante porque chegou a uma crise terrível", disse ontem Carlos Pareja, presidente da estatal Petroecuador. Para ele, os convênios com a PDVSA "são importantíssimos para o futuro do país".


Com agências internacionais


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