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SAÚDE
É o primeiro caso da doença em todo o mundo desde junho; OMS alerta sobre o risco de a epidemia voltar até o final do ano
Após 3 meses, Sars ressurge em Cingapura
DA REDAÇÃO
O governo de Cingapura confirmou ontem um novo caso de Sars
(síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês), doença
que, no primeiro semestre deste
ano, causou milhares de mortes e
enormes prejuízos econômicos
em países da Ásia e no Canadá.
Não havia registro de novos casos
no mundo desde junho.
Após o anúncio, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) divulgou um alerta sobre o possível
ressurgimento do mal.
Em entrevista à agência Associated Press, a porta-voz do Ministério da Saúde Bey Mui Leng
disse que um teste inicial feito em
um morador de Cingapura "detectou o vírus da Sars". Segundo
ela, o teste utilizado tem a aprovação da OMS e é capaz de detectar a
presença do coronavírus causador da doença.
"Repetiremos o teste de novo
hoje [ontem] à noite", disse Bey.
O homem passou pelo teste após
apresentar sintomas da doença e
procurar atendimento médico no
Hospital Geral de Cingapura.
Agentes de saúde estão tentando rastrear todas as pessoas que
tiveram contato com o paciente
para colocá-las sob quarentena,
informou Bey.
Antes do paciente de ontem, o
último caso em Cingapura havia
sido registrado no início de maio.
A epidemia matou 33 pessoas e
infectou outras 328 no país, um
dos mais atingidos pela doença.
A epidemia chegou a Cingapura
em março e durou três meses,
derrubando a economia do país.
O número de turistas caiu 75%,
fazendo com que a taxa de ocupação nos hotéis recuasse de 75%
para apenas 25%.
Alerta da OMS
Ontem, o diretor-geral da OMS,
Lee Jong-wook, disse que a doença pode voltar. "Nenhum de nós
pode prever o que acontecerá até
o final deste ano. A Sars voltará ou
não?", disse o sul-coreano, durante encontro anual com ministros
da Saúde asiáticos, em Manila,
nas Filipinas. "Temos de nos preparar para a hipótese de que a
doença voltará", afirmou.
"Nosso desafio agora é melhorar as redes de vigilância que detectarão a Sars e lidarão com ela
caso a doença realmente volte",
disse o diretor-geral.
Surgida no sul da China -o
país mais atingido pela doença-
em novembro, a Sars matou 916
pessoas e infectou outras 8.422
em todo o mundo. No dia 5 de julho, a epidemia foi declarada extinta pela OMS, 20 dias após o último caso novo ter sido detectado,
em meados de junho, em Taiwan.
Na época, especialistas advertiram que o "grande teste" da erradicação seria a chegada do outono
no hemisfério Norte -a estação
começa daqui a duas semanas.
Com agências internacionais
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