|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SUCESSÃO NOS EUA / FATOR PALIN
Após convenção, McCain surge na frente em pesquisas
Vantagem de republicano varia de 1 a 10 pontos; analistas advertem sobre efemeridade
Escolha de Palin como vice é vista como uma razão para a melhora; instantâneo mede impacto de evento político, mas precisa se consolidar
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
Beneficiado pelo efeito da
Convenção Republicana e pela
escolha do nome da conservadora Sarah Palin como vice na
sua chapa, o republicano John
McCain apareceu ontem em
sua melhor posição nas pesquisas eleitorais desde que se lançou candidato à Casa Branca.
Das 7 consultas de intenção
de voto realizadas entre a última sexta e o último domingo,
logo após a convenção, 2 o projetam como favorito. Outras 5
indicam empate técnico, 3 delas com leve vantagem para ele.
São números que ainda não
podem ser vistos como tendência, pois se baseiam, a princípio,
na memória recente da celebração em torno de cada candidato. Barack Obama também
disparou nas pesquisas após
protagonizar o evento democrata, há duas semanas.
Ainda assim, o resultado foi
recebido com barulho nos
EUA. Foi a primeira vez, desde
o fim das prévias partidárias,
em junho, que McCain liderou
a média de pesquisas tabulada
pelo site Real Clear Politics
(RCP) -a vantagem era de 2,9
pontos percentuais.
A pesquisa USA Today/Gallup foi a que mais empurrou o
resultado para cima, com dianteira de dez pontos (foram ouvidos 1.022 eleitores por telefone, com margem de erro de três
pontos em ambas as direções).
Em outra aferição no mesmo
período -mas apenas com eleitores registrados e margem de
erro de dois pontos-, o Gallup
mostra McCain cinco pontos à
frente. Na ABC News/Wash
Post e na CBS News, a vantagem é de dois pontos -empate
técnico, assim como a do instituto Rasmussen, que projeta
apenas um ponto a mais. Pesquisas CNN e Hotline/FD
Tracking apontam empate.
Mesmo com resultados tão
díspares, é possível considerar
as pesquisas? "Pouco. As pesquisas americanas ouvem pouca gente e apenas por telefone.
É um método falho", disse à
Folha o cientista político Richard Parker, da Universidade
Harvard.
Para Parker, contudo, o fato
de nenhum instituto mostrar
Obama à frente ajuda a confirmar a tendência do dia. "O período pós-convenção sempre é
bom para um candidato, mas
isso se dilui nos dias seguintes.
Ainda assim, McCain saiu de
sua convenção com um trunfo,
a escolha de Palin, que energizou de imediato a base conservadora do partido."
A governadora do Alasca, de
fato, continua no centro do noticiário político. Grande alvo da
oposição, ela foi criticada ontem por Joe Biden, vice de Obama, e pela senadora Hillary
Clinton, ex-pré-candidata.
Texto Anterior: Cuba: Furacão Ike deixa 4 mortos e é rebaixado para categoria 1 Próximo Texto: Bush anuncia manutenção das tropas no Iraque Índice
|