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Merkel rejeita críticas por mortes de civis
DA REDAÇÃO
A chanceler (premiê) alemã,
Angela Merkel, reagiu ontem às
críticas recebidas pelas supostas mortes de civis -já admitidas pela Otan, a aliança militar
ocidental- em um ataque ordenado pelo comando alemão
no Afeganistão contra dois caminhões-tanque há cinco dias.
Merkel disse, em discurso no
Bundestag -o Parlamento alemão-, que não aceitará "julgamentos prematuros" a respeito
da operação militar. "Depois do
que presenciei durante esses
últimos dias, afirmo claramente: não tolerarei isso, não importa de quem venha, tanto interna quanto externamente."
A chanceler alemã -que tenta a reeleição em pleito parlamentar no dia 27- prometeu
apoio às investigações do caso e
"lamentou" as supostas mortes, mas se negou a admiti-las.
O ataque, realizado por um
jato americano na Província de
Kunduz (norte), deixou ao menos 70 mortos, dos quais acredita-se que entre 25 e 40 civis.
Segundo a versão alemã, os
dois caminhões-tanque haviam
sido roubados das forças alemãs e poderiam ser utilizados
em atentados contra sua base
militar na região. A Alemanha
mantém no Afeganistão 4.200
soldados, que atuam pela Otan.
Ontem, a aliança reconheceu
que havia civis entre os mortos,
e o comandante das forças estrangeiras no país, Stanley
McChrystal, nomeou um oficial canadense para liderar as
investigações.
McChrystal assumiu em junho prometendo priorizar justamente a redução no número
de mortes civis em ações militares no Afeganistão, considerado o principal motivo da falta
de apoio entre os afegãos às
operações contra o Taleban.
Com agências internacionais
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