São Paulo, quarta-feira, 09 de setembro de 2009

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Merkel rejeita críticas por mortes de civis

DA REDAÇÃO

A chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, reagiu ontem às críticas recebidas pelas supostas mortes de civis -já admitidas pela Otan, a aliança militar ocidental- em um ataque ordenado pelo comando alemão no Afeganistão contra dois caminhões-tanque há cinco dias.
Merkel disse, em discurso no Bundestag -o Parlamento alemão-, que não aceitará "julgamentos prematuros" a respeito da operação militar. "Depois do que presenciei durante esses últimos dias, afirmo claramente: não tolerarei isso, não importa de quem venha, tanto interna quanto externamente."
A chanceler alemã -que tenta a reeleição em pleito parlamentar no dia 27- prometeu apoio às investigações do caso e "lamentou" as supostas mortes, mas se negou a admiti-las.
O ataque, realizado por um jato americano na Província de Kunduz (norte), deixou ao menos 70 mortos, dos quais acredita-se que entre 25 e 40 civis.
Segundo a versão alemã, os dois caminhões-tanque haviam sido roubados das forças alemãs e poderiam ser utilizados em atentados contra sua base militar na região. A Alemanha mantém no Afeganistão 4.200 soldados, que atuam pela Otan.
Ontem, a aliança reconheceu que havia civis entre os mortos, e o comandante das forças estrangeiras no país, Stanley McChrystal, nomeou um oficial canadense para liderar as investigações.
McChrystal assumiu em junho prometendo priorizar justamente a redução no número de mortes civis em ações militares no Afeganistão, considerado o principal motivo da falta de apoio entre os afegãos às operações contra o Taleban.

Com agências internacionais



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