|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Helicóptero da comitiva do ditador paquistanês cai
Exército alega falha mecânica, mas cresce temor de atentado contra regime
Aumenta a violência na fronteira com Afeganistão, e conflito entre Exército e insurgentes pró-Taleban mata 90 nas regiões tribais
DA REDAÇÃO
Um helicóptero da comitiva
do ditador Pervez Musharraf
caiu ontem, matando três militares e um cinegrafista. A aeronave acidentada viajava em
frente ao helicóptero presidencial, que chegou ileso ao destino, na região da Caxemira controlada pelo Paquistão.
Embora o Exército afirme
que a queda foi provocada por
falhas mecânicas, o episódio reviveu temores recorrentes
quanto à segurança de Musharraf, que desde 2003 foi alvo de
três atentados. Em dezembro
daquele ano, ele sofreu duas
tentativas de assassinato na
grande Islamabad -uma delas
deixou 12 mortos. Em julho
deste ano, o avião de Musharraf
foi alvejado quando decolava,
mas não sofreu danos.
A preocupação com a insurgência islâmica se acirrou com
o anúncio da morte de pelo menos 65 militantes pró-Taleban
e 25 soldados nesta segunda,
em novos conflitos na turbulenta região tribal no norte do
país. No final de semana, outros
65 insurgentes e 20 soldados tinham morrido na área.
Tentativa de conciliação
Enquanto aguarda a confirmação do resultado da controversa eleição presidencial indireta realizada neste fim de semana, que venceu com facilidade, Musharraf deu ontem mais
um passo rumo à prometida renúncia do comando militar.
O ex-chefe do serviço de inteligência Ashfaq Pervez Kiyani
tomou posse como subchefe do
Estado-Maior do Exército, ante-sala do posto que Musharraf
prometeu abandonar em 15 de
novembro caso receba um novo
mandato. Kiyani intermediou a
anistia concedida à ex-premiê
Benazir Buttho, cujo apoio é
visto como fundamental para a
legitimidade do governo.
Além do limbo jurídico -a
Suprema Corte deve pronunciar nesta semana a sentença
definitiva sobre a elegibilidade
do general, sem a qual o resultado não é oficial-, o pleito
presidencial é politicamente
frágil. Parlamentares da Aliança pela Restauração da Democracia, que renunciaram em
massa antes da votação, não reconhecem sua legitimidade.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Curdos: Turquia anuncia "medidas fortes" contra rebeldes Próximo Texto: Estudantes protestam em Teerã contra o presidente Ahmadinejad Índice
|