São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Vice-ministro de Mianmar servirá de elo com oposição

DA REDAÇÃO

A junta militar de Mianmar (ex-Birmânia) indicou ontem o vice-ministro do Trabalho Aung Kyi para iniciar diálogos com a principal líder oposicionista do país, Aung San Suu Kyi, que está em prisão domiciliar. O destacamento seguiu-se a uma sugestão do enviado da ONU a Mianmar, Ibrahim Gambari, que tentou negociar um fim para a repressão contra manifestantes antigoverno.
Não foi informado quando Aung Kyi, que é um general reformado, dará início aos contatos com Suu Kyi. Aparentemente, ele coordenará encontros do governo e da ONU à líder, que encabeça a Liga Nacional para Democracia. O chefe da junta militar birmanesa, general Than Shwe, já se ofereceu para encontrá-la, mas impôs uma série de precondições.
A nomeação do vice-ministro foi vista como uma tentativa de evitar sanções econômicas e mostrar flexibilidade para a China, principal parceiro econômico do país e que pressiona pela volta da estabilidade.
A recente onda de protestos contra a ditadura -no poder desde 1962- começou em 19 de agosto, pouco depois que o governo aumentou preços. Rapidamente, o movimento se tornou pró-democracia, evidenciando a insatisfação popular com a miséria nacional. Os militares reprimiram os manifestantes com violência, matando dez e prendendo mais de 2.000. Dissidentes afirmam que os números são ainda maiores.


Com agências internacionais


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