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Atentado com bicicleta-bomba
mata quatro diante de mesquita
DA REDAÇÃO
Pelo menos quatro pessoas
morreram e 39 foram feridas ontem por um terrorista suicida que
detonou uma bicicleta-bomba em
frente a uma mesquita xiita. O
atentado ocorreu em Baquba, 65
km ao norte de Bagdá, no fim das
preces de sexta-feira -dia de orações para os islâmicos.
O homem detonou explosivos e
um cilindro de gás amarrados a
uma bicicleta após ter sido barrado em uma pequena mesquita,
em frente à qual pessoas rezavam
na calçada por causa da falta de
espaço. Na mesma cidade, a polícia desarmou um carro-bomba
estacionado perto de outra mesquita.
O incidente é mais um a fomentar os temores de violência sectária no Iraque pós-guerra, no qual
a minoria sunita perdeu os privilégios que tinha sob a ditadura de
Saddam Hussein e as mesquitas
se tornaram alvo da insurgência.
Em agosto, uma delas foi atingida
por um carro-bomba em Najaf
(sul), que matou 83 pessoas.
Baquba faz parte do Triângulo
Sunita, conhecido por concentrar
simpatizantes do regime deposto.
Como tal, é palco de tensões e alvo
de operações americanas.
Na mesma região, em Tikrit,
uma operação americana envolvendo 300 membros da 4ª Divisão
de Infantaria resultou na prisão
de 46 supostos insurgentes, dos
quais 16 já foram libertados.
Em Kirkuk, mais ao norte, dois
policiais iraquianos foram mortos
acidentalmente por soldados dos
EUA. Segundo o chefe de polícia
local, uma patrulha norte-americana abriu fogo por engano contra uma patrulha iraquiana. O incidente está sendo investigado.
Na capital, insurgentes em um
carro dispararam três foguetes
contra o hotel Burj al Hayat, que
hospeda ocidentais. Algumas janelas e uma parede foram destruídas. Ninguém foi ferido.
Também ontem, o governo italiano anunciou que manterá no
Iraque seus cerca de 2.000 soldados que estão hoje no país, e o Japão ordenou o destacamento de
uma equipe avançada.
Washington também pediu
permissão ao governo turco para
usar uma base aérea no país durante o revezamento de tropas no
Iraque, que começa neste mês.
Durante a guerra, Ancara não cedeu bases ao EUA.
Na sede da ONU, em Nova
York, o secretário-geral Kofi Annan deveria debater com diplomatas do Reino Unido e dos EUA
a participação do organismo na
transição política iraquiana, que
culmina em 30 de junho.
Com agências internacionais
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