DA REDAÇÃO

Os colombianos que moram no exterior poderão hoje pela primeira vez eleger um representante ao Congresso do país, de acordo com uma lei do ano passado que garantiu cinco cadeiras da Câmara dos Deputados para minorias.
As outras quatro cadeiras serão divididas igualmente entre representantes da comunidade negra e da comunidade indígena.
Milhares de colombianos deixaram o país nas últimas décadas para fugir da violência.
Segundo os dados do órgão eleitoral, há hoje 106.564 colombianos no exterior em condições de votar no pleito de hoje. A maioria (46.250) está nos EUA, seguidos de Venezuela (31.686), Espanha (6.507) e Equador (4.823).
Segundo Iván Duque Escobar, chefe da Registradora Nacional de Estado Civil, órgão responsável pela organização das eleições, esses eleitores devem residir há pelo menos cinco anos no exterior para estarem aptos a votar nos candidatos especiais.
A vaga para representante dos moradores no exterior é disputada por 28 candidatos. As duas vagas reservadas para representantes da comunidade negra têm 23 postulantes. Para as duas cadeiras reservadas à comunidade indígena, há apenas oito candidatos.

Eleitores mortos
A Registradora Nacional de Estado Civil admitiu na última semana que cerca de 4 milhões de títulos eleitorais de pessoas mortas estão em vigor e poderiam ser utilizados em eventuais fraudes hoje.
Esse número pode ser ainda maior, segundo representantes do sindicato de trabalhadores do órgão eleitoral, para quem haveria mais de 6 milhões de títulos irregulares de pessoas já mortas.
Segundo Duque Escobar, isso acontece porque os familiares dos mortos não pedem o cancelamento dos seus títulos. Ele afirmou que haverá uma atenção especial hoje para evitar que esses títulos de pessoas já mortas sejam utilizados. (RW)


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