São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 2011 |
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Acampamento vê problemas de cidade grande DO ENVIADO A RAS JEDIR O campo que recebe refugiados perto do posto de fronteira de Ras Jedir tem moradia, produção de alimentos, rede elétrica, sistema de telefonia, assistência médica, obras em construção, atividade econômica, policiamento e até torneio de futebol. Os problemas também são os mesmos que os de uma verdadeira cidade. Há violência, venda de drogas, sujeira, poluição ambiental e dificuldades de planejamento habitacional. São cerca de 15 mil pessoas vivendo em barracas de lona montadas às pressas em um descampado à beira da estrada. No pico da ocupação, na semana passada, houve mais de 50 mil imigrantes, quase todos egípcios já repatriados. Ninguém previa tamanho fluxo de imigrantes e ninguém sabe quantos estão do lado líbio da fronteira à espera de uma chance para entrar na Tunísia. Não há registro de epidemias nem de falta de alimentos. Mas a convivência forçada de tanta gente têm dado dor de cabeça. O desafio mais urgente é o da cada vez mais difícil convivência improvisada entre milhares de pessoas de origens, culturas e hábitos diferentes. O foco da tensão tem sido as brigas entre bengalis, o contingente mais numeroso, e nigerianos, minoritários, que exigem uma espécie de discriminação positiva para não ficar para trás nas filas de distribuição de alimentos e remédios. (SA) Texto Anterior: No campo de refugiados, maior luxo é telefonar Próximo Texto: Foco: Em feira de turismo, estande da Líbia só atrai jornalistas Índice | Comunicar Erros |
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