São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2003 |
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REPERCUSSÃO OSCAR NIEMEYER, arquiteto: "Acho essa guerra uma vergonha, uma brutalidade. Não imaginava ter de assistir a isso a uma altura dessas da vida. Bush é o terrorista número 1 do mundo". JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI, filósofo: "Está na lógica do império lançar para as fronteiras as suas guerras de ajuste, mas o fato é que se volta a uma política de ocupação e prepostos, como antes da 2ª Guerra. Mas o império americano tem problemas sérios: como dividir a Europa, como redesenhar o Oriente Médio etc. Abre-se ainda uma perspectiva de paz entre israelenses e palestinos -pela sufocação dos palestinos. Não creio que haverá uma sucessão de invasões em outros países. E a América Latina está em situação parecida: ou temos regiões com relativa autonomia, ou estamos fritos. A questão é que os instrumentos de moderação têm de partir dos EUA e não de organismos internacionais". LUIS FERNANDO VERISSIMO, escritor: "Não foi surpresa, mas ninguém esperava que fosse tão fácil. Não foi fácil, claro, para as crianças mortas. Mas assim como existe um paraíso específico para quem morre defendendo o islã talvez haja uma Disneylândia no céu para as vítimas infantis dos bombardeios humanitários. Quem entende essas teologias? Eu não". JOSÉ CELSO MARTINEZ CORRÊA, dramaturgo: "Essa guerra não acabou, mas começou. Não foi uma guerra contra o Iraque, mas uma amostra da força global dos EUA. Estamos em plena guerra mundial". LEANDRO KONDER, ensaísta: "Na guerra, a primeira vítima sempre é a verdade. Nunca acreditei na visão triunfalista do Iraque, mas, por outro lado, os EUA e a Inglaterra mentem muito". TOM ZÉ, músico: "O assalto ao supermercado do petróleo foi bem-sucedido e agora começará o saque. A guerra não acabou, porque os países continuam fabricando armas. E, pelo que me consta, o que arma pode fazer é sempre alguma guerra futura". Texto Anterior: Brasil quer a ONU no pós-guerra Próximo Texto: EUA dividem Iraque em três zonas Índice |
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