São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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Após China, Índia abre cortejo à África

DA REDAÇÃO

Com juras de cooperação política e acordos econômicos, Índia e África encerraram ontem seu primeiro fórum bilateral, promovido em uma Nova Déli ansiosa por conter o avanço chinês na África. O continente rico em recursos naturais, que após anos de estagnação cresce acima da média mundial, é um parceiro cobiçado.
Três anos após o primeiro fórum China-África, a Índia vê seu comércio com o continente -que movimentou US$ 30 bilhões no ano fiscal indiano de 2007-08- ofuscado pela intensidade das relações com Pequim. No mesmo período, o comércio da China com o continente chegou a US$ 56 bilhões.
O premiê indiano, Manmohan Singh, anunciou, na presença dos oito chefes de Estado e das delegações de 14 países convidados, a abertura tarifária de seu país, um dos mais protecionistas do mundo, ao grupo das 50 nações menos desenvolvidas -32 das quais são africanas.
Singh anunciou também o aumento das linhas de crédito para a África, para US$ 5,4 bilhões, e prometeu ajuda humanitária de US$ 500 milhões nos próximos seis anos -um valor modesto, mas significativo em um país que ainda luta contra a pobreza extrema de seus próprios cidadãos, apesar do crescimento médio de 9% nos últimos três anos.
Na Declaração de Nova Déli, os países prometeram lutar juntos pela segurança alimentar e lamentaram a "falta de progresso perceptível" dos desenvolvidos em reduzir as emissões de carbono.


Com "Financial Times" e agências internacionais


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