|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES NA ARGÉLIA
Rejeição a boicote favorece 3º mandato para Bouteflika
DA REDAÇÃO
Abdelaziz Bouteflika, presidente
da Argélia desde
1999, praticamente garantiu
um terceiro mandato consecutivo
depois que os eleitores
foram às urnas em massa
ontem, ignorando apelos da
oposição ao boicote.
A vitória de Bouteflika
contra cinco candidatos nanicos
escolhidos a dedo nunca
esteve em dúvida. Mas
uma baixa participação teria
manchado a legitimidade da
segunda reeleição do nacionalista
aliado do Ocidente.
Segundo o governo, a participação
foi de ao menos
74% -contra 58% em 2004.
O resultado é esperado hoje.
A oposição acusa o governo
de inflar listas eleitorais e
chantagear a população com
ameaças de retirar ajuda social.
Apesar da presença de
observadores internacionais,
também há suspeita de
que as urnas sejam manipuladas nas
regiões desérticas.
Socialistas e islamitas
anunciaram que não participariam
da eleição quando o
Parlamento, dominado por
governistas, aprovou em novembro
reforma que suprime
a limitação de mandatos
presidenciais.
Os partidários de Bouteflika
sustentam que ele foi o
grande responsável pela estabilização
do país após a
sangrenta década de 90,
quando uma guerra suja entre
terroristas islâmicos e o
Exército deixou 200 mil
mortos. Para curar as feridas
do conflito, Bouteflika lançou
uma campanha de reconciliação
nacional que culminou como
indulto de militantes
radicais em 2005.
Há dois anos, a Argélia
-um importante exportador
de gás e petróleo para a Europa
e os EUA- voltou a sofrer
ataques terroristas.
Ontem militantes islâmicos
radicais furaram o forte
esquema de segurança montado
para o pleito e atacaram
um centro de votação em Argel,
deixando dois feridos.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Reino Unido: Chefe de contraterrorismo cai após expor documento secreto Próximo Texto: Milhares vão à rua na Geórgia pedir a saída do presidente Índice
|