São Paulo, sexta-feira, 10 de abril de 2009

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ELEIÇÕES NA ARGÉLIA

Rejeição a boicote favorece 3º mandato para Bouteflika

DA REDAÇÃO

Abdelaziz Bouteflika, presidente da Argélia desde 1999, praticamente garantiu um terceiro mandato consecutivo depois que os eleitores foram às urnas em massa ontem, ignorando apelos da oposição ao boicote.
A vitória de Bouteflika contra cinco candidatos nanicos escolhidos a dedo nunca esteve em dúvida. Mas uma baixa participação teria manchado a legitimidade da segunda reeleição do nacionalista aliado do Ocidente.
Segundo o governo, a participação foi de ao menos 74% -contra 58% em 2004. O resultado é esperado hoje. A oposição acusa o governo de inflar listas eleitorais e chantagear a população com ameaças de retirar ajuda social.
Apesar da presença de observadores internacionais, também há suspeita de que as urnas sejam manipuladas nas regiões desérticas.
Socialistas e islamitas anunciaram que não participariam da eleição quando o Parlamento, dominado por governistas, aprovou em novembro reforma que suprime a limitação de mandatos presidenciais.
Os partidários de Bouteflika sustentam que ele foi o grande responsável pela estabilização do país após a sangrenta década de 90, quando uma guerra suja entre terroristas islâmicos e o Exército deixou 200 mil mortos. Para curar as feridas do conflito, Bouteflika lançou uma campanha de reconciliação nacional que culminou como indulto de militantes radicais em 2005.
Há dois anos, a Argélia -um importante exportador de gás e petróleo para a Europa e os EUA- voltou a sofrer ataques terroristas. Ontem militantes islâmicos radicais furaram o forte esquema de segurança montado para o pleito e atacaram um centro de votação em Argel, deixando dois feridos.


Com agências internacionais


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