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UE deve aceitar soberania da Moldova, diz Rússia
DA REDAÇÃO
A Rússia exigiu ontem que a
Romênia e a União Europeia
respeitem a soberania da Moldova, país que faz fronteira com
a UE, ao mesmo tempo em que
tem um governo alinhado com
Moscou. Europeus temem que
a ex-república soviética possa
se tornar o pivô de mais uma
crise entre Rússia e UE.
A declaração ocorre em meio
a uma crise política gestada na
Moldova após a vitória do Partido Comunista, do presidente
Vladimir Voronin, nas eleições
parlamentares de domingo.
Os oposicionistas, pró-ocidentais, contestaram a lisura
do pleito e protestos eclodiram
na última terça, deixando um
morto e centenas de feridos. A
UE e observadores internacionais, no entanto, endossaram o
processo eleitoral.
Voronin acusou a vizinha Romênia -integrante da UE desde 2007- de estar por trás das
manifestações. O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou estar "profundamente perturbado" pela
presença de bandeiras romenas durante os protestos porque elas provariam que os manifestantes "estão obcecados
com a ideia de destruir o Estado moldávio".
Lavrov também disse ontem
que a Rússia e os EUA não devem forçar as ex-repúblicas soviéticas a escolher entre esferas
de influência. A declaração foi
entendida como se referindo
também à situação da Moldova.
A maior parte do que hoje é a
república da Moldova era parte
da Romênia até ser anexada,
por Josef Stalin, à União Soviética, em 1940. Dois terços da
população moldávia são de origem romena -o outro terço
tem ascendência russa ou ucraniana-, e o idioma do país é similar ao do vizinho.
Os protestos ocorrem em
meio aos efeitos da crise mundial, sentidos na Moldova principalmente pela via da diminuição das divisas de moldávios vivendo no exterior. Muitos dos
que trabalhavam fora do país,
grande parte na Romênia, têm
perdido seus empregos.
Após as manifestações, o dirigente expulsou o embaixador
romeno e estabeleceu um controle rigoroso nas fronteiras
com o país vizinho. O governo
romeno nega qualquer intervenção na Moldova. A UE instou Voronin a restabelecer relações normais com a Romênia.
Com agências internacionais
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