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Bush defende comércio
livre com Oriente Médio
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, defendeu ontem o processo de paz entre israelenses e
palestinos e acenou com a possibilidade de dar um atraente prêmio econômico aos países da região: o levantamento das barreiras comerciais americanas aos
produtos dos Estados do Oriente
Médio nos próximos dez anos.
Num discurso para 1.200 formandos da Universidade da Carolina do Sul, Bush disse que o desenvolvimento econômico é crucial para qualquer acordo de paz
durável e que uma área de livre
comércio entre os EUA e os países
do Oriente Médio ajudaria a região a prosperar.
O presidente disse ainda que o
ódio tem de dar lugar à esperança
no Oriente Médio. Ele prometeu
tentar convencer os republicanos
e os democratas americanos a
apoiar a assinatura desse acordo
de livre comércio.
"Com um mercado livre e com
leis justas, as pessoas do Oriente
Médio conseguirão ter prosperidade e liberdade", declarou Bush.
De acordo com suas palavras, o
total das riquezas produzidas em
todos os países árabes não chega
ao PIB da Espanha. Ele afirmou
ainda que o mundo árabe não faz
parte da onda de crescimento
econômico vista em outras partes
do planeta.
"Proponho o estabelecimento
de uma área de livre comércio do
Oriente Médio nos próximos dez
anos", afirmou o presidente, que
elogiou o roteiro de paz apresentado a israelenses e a palestinos na
semana passada.
Enquanto Bush fazia seu discurso, o secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, se preparava
para um final de semana de negociações no Oriente Médio. Ele
chega hoje à região e deverá reunir-se com o premiê de Israel,
Ariel Sharon, e com o novo premiê da Autoridade Nacional Palestina, Abu Mazen.
A missão de Powell é conquistar
o apoio das autoridades israelenses e palestinas ao roteiro de paz,
que é patrocinado pelos EUA, pela ONU, pela União Européia e
pela Rússia.
O roteiro inclui um cessar-fogo,
que poria fim a 31 meses de violência recíproca, uma promessa
de evitar enfrentamentos, um
congelamento da construção de
assentamentos judaicos na Cisjordânia e a desativação de alguns
assentamentos já construídos.
Bush delineou o que poderá ser
a área de livre comércio do Oriente Médio em seu discurso, mas
não deu detalhes. Os EUA já possuem acordos de livre comércio
com Israel, a Jordânia, o Canadá,
o México e, desde a última quarta-feira, Cingapura.
O livre comércio é visto cada vez
mais como sinônimo de segurança, segundo Sherman Katz, do
Centro para Estudos Estratégicos
e Internacionais. Em tese, se as
empresas do Oriente Médio tiverem acesso irrestrito ao maior
mercado do planeta, o dos EUA,
haverá mais empregos na região,
o que poderia fazer com que os jovens se sentissem menos inclinados a ouvir os apelos de organizações terroristas, segundo Katz.
Com agências internacionais
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