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NO BRASIL
Lévy faz lobby com Tarso pela não-extradição de Battisti
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Filósofo mais polêmico da
atualidade na França, Bernard-Henri Lévy fez lobby
em audiência ontem com o
ministro Tarso Genro (Justiça) pela não-extradição de
um ex-terrorista italiano e
criticou o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Disse
que Chávez tem discurso
"anti-semita" e estilo "antiamericano provocador".
Amigo do italiano Cesare
Battisti, que está preso na
Polícia Federal, o filósofo
disse ser "muito séria" a "hipótese de inocência" do ex-terrorista ligado ao grupo
Brigadas Vermelhas. Battisti
é acusado de participar de
quatro assassinatos e a Itália
pede sua extradição.
O filosofo disse que visitaria Battisti -que viveu por
20 anos na França na época
em que a legislação do país
permitia o abrigo de ex-terroristas- para "levantar o
moral" do amigo.
Tarso disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) se
manifestaria a respeito da
extradição e que a PF cumpriu apenas uma ordem internacional de prisão.
Ao falar dos governos Lula
e Chávez, o filósofo disse que
os dois "são diferentes". Afirmou que o petista faz um governo republicano, de esquerda, e vende esperança
sem messianismo. "Lula não
sonha com poder pessoal",
disse Lévy. "Lula não é anti-semita e não recorre ao "antiamericanismo provocador
de Chávez." O filósofo afirmou que a recente quebra de
patente de um remédio de
combate à Aids foi discutida
durante anos e feita sem irresponsabilidade política e
econômica. Ele elogiou ainda
programas sociais do petista.
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