São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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NO BRASIL

Lévy faz lobby com Tarso pela não-extradição de Battisti

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Filósofo mais polêmico da atualidade na França, Bernard-Henri Lévy fez lobby em audiência ontem com o ministro Tarso Genro (Justiça) pela não-extradição de um ex-terrorista italiano e criticou o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Disse que Chávez tem discurso "anti-semita" e estilo "antiamericano provocador".
Amigo do italiano Cesare Battisti, que está preso na Polícia Federal, o filósofo disse ser "muito séria" a "hipótese de inocência" do ex-terrorista ligado ao grupo Brigadas Vermelhas. Battisti é acusado de participar de quatro assassinatos e a Itália pede sua extradição.
O filosofo disse que visitaria Battisti -que viveu por 20 anos na França na época em que a legislação do país permitia o abrigo de ex-terroristas- para "levantar o moral" do amigo.
Tarso disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifestaria a respeito da extradição e que a PF cumpriu apenas uma ordem internacional de prisão.
Ao falar dos governos Lula e Chávez, o filósofo disse que os dois "são diferentes". Afirmou que o petista faz um governo republicano, de esquerda, e vende esperança sem messianismo. "Lula não sonha com poder pessoal", disse Lévy. "Lula não é anti-semita e não recorre ao "antiamericanismo provocador de Chávez." O filósofo afirmou que a recente quebra de patente de um remédio de combate à Aids foi discutida durante anos e feita sem irresponsabilidade política e econômica. Ele elogiou ainda programas sociais do petista.


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