Reuters

Monica Lewinsky participa do programa "Saturday Night Live", nos EUA

do enviado especial a Washington

Monica Lewinsky, o pivô do escândalo político-sexual que culminou com o julgamento do impeachment do presidente dos EUA pelo Senado, iniciou no sábado sua carreira de atriz cômica.
Ela foi a grande atração do programa humorístico "Saturday Night Live", da rede de TV NBC.
Seu papel, claro, foi o de Monica Lewinsky. Ela estrelou dois esquetes. No de abertura do programa, ela aparece, em 2001, na casa de praia do ex-presidente Bill Clinton (interpretado por um ator, não pelo próprio Clinton, que já representou o papel de si mesmo).
Lewinsky e Clinton se beijam na boca, na presença de outros personagens do escândalo, como a secretária do presidente e seu melhor amigo, Vernon Jordan. Ela ganha dele o livro "Leaves of Grass", uma das lembranças que o verdadeiro Clinton lhe deu de fato.
"Mas, Bill, você já me deu esse livro tantas vezes", reclama ela. "É verdade. Mas é um bom livro, cheio de poemas e umas coisas diferentes, querida". O livro, do poeta Walt Whitman, é um tradicional presente de namorados nos EUA.
Depois, Lewinsky aparece como convidada num quadro do programa, "Ladie's Men", em que um homossexual oferece conselhos sentimentais para mulheres.
Ela responde a perguntas como "devo me envolver com meu chefe?" (não, diz ela, mas, se acontecer, não conte nada a ninguém).
Um ator representando a melhor amiga de Lewinsky, Linda Tripp, que gravou conversas em que ela descrevia sua relação com Clinton, lhe pede perdão. Lewinsky recusa.
A ex-estagiária demonstrou estar muito à vontade com o seu próprio papel num programa de humor. Ao final, a NBC a mostrou recebendo beijos e cumprimentos de atores, produtores e técnicos.
No entanto, o papel não oferece qualquer possibilidade para se avaliar o potencial dramático de Lewinsky. Há rumores em Washington de que ela vai estrelar um filme a ser rodado na Itália.
Ainda não há resultados das pesquisas de audiência para a NBC na noite de sábado (o programa vai ao ar às 23h30 locais). Mas a expectativa era de que ela tivesse dobrado.
Embora não tenha sido feito anúncio da presença de Lewinsky no "Saturday Night Live", jornais a haviam antecipado. (CELS)

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