UOL


São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DIPLOMACIA

Iraque, ONU, G-8 e Venezuela foram os temas discutidos no encontro

Amorim e Powell se reúnem na OEA

DA REDAÇÃO

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, se reuniram ontem, em Santiago, no Chile, durante a 33ª assembléia geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os dois conversaram sobre Venezuela, Iraque, a reunião do G8 e a reforma do Conselho de Segurança (CS) da ONU, informou a assessoria de comunicação do Itamaraty.
Apesar de o Brasil estar há anos em campanha para assegurar uma vaga permanente no CS, Amorim e Powell discutiram apenas aspectos gerais da reforma do órgão mais importante da ONU, segundo o Itamaraty. O Brasil conta com o apoio da França e da Rússia. Os outros três países com assento permanente no CS são EUA, Reino Unido e China.
Os dois fizeram uma "avaliação positiva" do encontro do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia) ocorrido no início do mês, na França, no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve como convidado.
Sempre de acordo com o Itamaraty, Powell elogiou a iniciativa do Brasil de criar o Grupo de Amigos da Venezuela (Brasil, EUA, México, Chile, Portugal e Espanha), formado no início do ano como facilitador do diálogo entre o presidente Hugo Chávez e a oposição a seu governo.
Também foram discutidos detalhes da visita que Lula fará ao presidente George W. Bush, em Washington, no próximo dia 20.

Cuba
Durante seu discurso na assembléia da OEA, Powell pediu aos países-membros que se unam aos Estados Unidos para encontrar formas de "apressar a inevitável transição democrática em Cuba".
Diante de 34 colegas da América Latina e do Caribe, Powell disse que esses passos estariam de acordo com a Carta de Direitos Democrática Interamericana, aprovada em 2001 pela OEA.
O documento, disse Powell em seu discurso, "declara que a população das Américas tem direito à democracia; não diz que os povos das Américas, exceto Cuba, têm direito à democracia".
Em maio, o Conselho Permanente da OEA saiu dividido com relação a Cuba. Dos 34 países-membros, 16 registraram em ata uma "profunda preocupação" com a recente onda de repressão na ilha, entre eles EUA e Argentina. Brasil e Venezuela estão entre os que se opuseram à declaração.
Cuba foi excluída da OEA em 1962, por pressão dos EUA.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Venezuela: Governo vai financiar imprensa pró-Chávez
Próximo Texto: Oriente Médio: Israel começa a remover colônias ilegais
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.