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DIPLOMACIA
Iraque, ONU, G-8 e Venezuela foram os temas discutidos no encontro
Amorim e Powell se reúnem na OEA
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, e o chanceler
brasileiro, Celso Amorim, se reuniram ontem, em Santiago, no
Chile, durante a 33ª assembléia
geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA). Os dois conversaram sobre Venezuela, Iraque, a reunião do G8 e a reforma
do Conselho de Segurança (CS)
da ONU, informou a assessoria de
comunicação do Itamaraty.
Apesar de o Brasil estar há anos
em campanha para assegurar
uma vaga permanente no CS,
Amorim e Powell discutiram apenas aspectos gerais da reforma do
órgão mais importante da ONU,
segundo o Itamaraty. O Brasil
conta com o apoio da França e da
Rússia. Os outros três países com
assento permanente no CS são
EUA, Reino Unido e China.
Os dois fizeram uma "avaliação
positiva" do encontro do G8 (grupo dos sete países mais ricos do
mundo, mais a Rússia) ocorrido
no início do mês, na França, no
qual o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva esteve como convidado.
Sempre de acordo com o Itamaraty, Powell elogiou a iniciativa do
Brasil de criar o Grupo de Amigos
da Venezuela (Brasil, EUA, México, Chile, Portugal e Espanha),
formado no início do ano como
facilitador do diálogo entre o presidente Hugo Chávez e a oposição
a seu governo.
Também foram discutidos detalhes da visita que Lula fará ao
presidente George W. Bush, em
Washington, no próximo dia 20.
Cuba
Durante seu discurso na assembléia da OEA, Powell pediu aos
países-membros que se unam aos
Estados Unidos para encontrar
formas de "apressar a inevitável
transição democrática em Cuba".
Diante de 34 colegas da América
Latina e do Caribe, Powell disse
que esses passos estariam de acordo com a Carta de Direitos Democrática Interamericana, aprovada
em 2001 pela OEA.
O documento, disse Powell em
seu discurso, "declara que a população das Américas tem direito
à democracia; não diz que os povos das Américas, exceto Cuba,
têm direito à democracia".
Em maio, o Conselho Permanente da OEA saiu dividido com
relação a Cuba. Dos 34 países-membros, 16 registraram em ata
uma "profunda preocupação"
com a recente onda de repressão
na ilha, entre eles EUA e Argentina. Brasil e Venezuela estão entre
os que se opuseram à declaração.
Cuba foi excluída da OEA em
1962, por pressão dos EUA.
Com agências internacionais
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