|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em meio a protestos, Bush visita o papa
Líder católico defende solução negociada para conflitos no Oriente Médio; americano se diz em "êxtase" diante de Bento 16
Manifestação contra presidente americano reúne milhares em Roma; partidos da coalizão do premiê Prodi participam dos protestos
DA REDAÇÃO
Em meio a protestos em Roma contra sua política externa,
o presidente americano, George W. Bush, encontrou-se ontem pela primeira vez, no Vaticano, com o papa Bento 16. O
pontífice defendeu uma "solução regional e negociada" para
os conflitos no Oriente Médio.
A Casa Branca hesita em incorporar países que acusa de
apoiarem o terrorismo, como o
Irã e a Síria, em negociações sobre o futuro do Iraque, o conflito israelense-palestino e a crise
no Líbano, onde o partido xiita
Hizbollah, pró-Síria, se opõe ao
governo do premiê Fuad Siniora, pró-Ocidente.
Diante dos fotógrafos, Bush
chamou o papa de "senhor" e
não de "Sua Santidade". Indagado por Bento 16 sobre seu encontro com o presidente russo,
Vladimir Putin, durante a cúpula do G8 encerrada na sexta-feira, o americano respondeu,
enquanto a imprensa saía da
sala: "Eu lhe digo em um minuto". Ele e o papa riram. Depois,
Bush disse que ficou "em êxtase" diante de Bento 16, "um homem inteligente e amoroso".
Mais tarde, em reunião com
o premiê italiano, Romano Prodi, Bush defendeu a independência da província sérvia de
Kosovo, foco de desacordo entre Washington e Moscou. Outro ponto de tensão são as bases
antimísseis que os EUA pretendem instalar no Leste Europeu.
Ontem, o chanceler russo, Serguei Lavrov, pediu de novo que
Bush congele esse projeto.
O presidente americano disse que as relações com a Itália
"estão ótimas", apesar de seu
aliado da época da invasão do
Iraque, Silvio Berlusconi, ter
perdido as eleições de 2006 para a coalizão de centro-esquerda de Prodi. Partidos da coalizão, como a Refundação Comunista e os Verdes, aderiram ao
protesto anti-Bush que reuniu
milhares de pessoas no centro
de Roma. No final da marcha,
um grupo de anarquistas mascarados entrou em confronto
com policiais de choque.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Rússia: Marcha pacífica contra Putin reúne 1.500 Índice
|