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Ataque suicida mata ao menos 11 em hotel de luxo no Paquistão
Caminhão-bomba com 3 pessoas invade complexo e detona meia tonelada de explosivos, em Peshawar; 70 ficam feridos
Ataque não foi reivindicado; região, próxima à fronteira com o Afeganistão, é palco de ofensiva militar contra o Taleban há um mês e meio
DA REDAÇÃO
Um atentado suicida com um
caminhão-bomba contra hotel
de luxo em Peshawar, no conflagrado noroeste paquistanês,
deixou ontem pelo menos 11
mortos e 70 feridos. O ataque
não foi reivindicado, mas tem
as características das ações do
Taleban, contra quem o Paquistão trava ofensiva militar.
Segundo testemunhas, três
homens em um caminhão abriram fogo contra seguranças na
entrada do Pearl Continental
Hotel antes de detonar meia tonelada de explosivos. A explosão abriu enorme cratera no local e demoliu parte do prédio.
"O chão tremeu. Pensei que o
teto cairia sobre mim. Saí correndo e vi pessoas em pânico.
Vi sangue e pedaços de vidro
por tudo", disse um hóspede.
Em setembro do ano passado, um ataque similar contra o
Marriott, na capital, Islamabad,
causara mais de 50 mortes.
"Não nos renderemos. A unidade e a integridade do país estão em jogo", disse a porta-voz
do presidente Asif Ali Zardari.
Peshawar, a principal cidade
da região, com 2,2 milhões de
habitantes, fica a poucos quilômetros da porosa fronteira com
o Afeganistão. Na última sexta,
outro ataque suicida, em mesquita lotada em local próximo,
deixou pelo menos 30 mortos.
Desde o final de abril, o Exército paquistanês promove uma
ofensiva contra o Taleban no
vale do Swat e entorno em reação ao avanço do grupo radical
islâmico a áreas a cerca de 100
km de Islamabad. A ação tem
gerado ataques de insurgentes.
Desde maio, quando a ofensiva foi intensificada, pelo menos
1.300 insurgentes e 105 militares morreram, diz o Exército.
O governo Barack Obama
considera o conflito contra o
Taleban na região de fronteira
entre Afeganistão e Paquistão o
foco do combate ao terrorismo.
Apoio interno
Até recentemente, o governo
paquistanês resistia às intensas
pressões dos EUA por temer a
desaprovação da população.
A percepção local parece, porém, estar mudando. Moradores têm formado milícias para
perseguir insurgentes. Desde a
última sexta-feira, após o ataque à mesquita, pelo menos 25
insurgentes foram mortos, segundo o Exército, que realiza
bombardeios aéreos em apoio.
Com agências internacionais
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