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TENSÃO NOS BÁLCÃS
Clinton quer
intervenção
em Kosovo
das agências internacionais
O presidente dos EUA, Bill Clinton, autorizou a Otan (aliança militar ocidental) a elaborar plano
para intervenção militar na Província iugoslava de Kosovo. Desde
fevereiro, já morreram 250 pessoas na região devido a choques
entre separatistas e o governo.
"Estou determinado a fazer tudo o que estiver em meu poder para impedir a repetição da carnificina humana na Bósnia e outra limpeza étnica", disse o presidente norte-americano em entrevista coletiva realizada junto com o presidente sul-coreano, Kim Dae Jung, em Washington.
"Autorizei e estou apoiando um processo de plano acelerado para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", afirmou.
A comunidade internacional teme que as tensões étnicas em Kosovo, Província sob controle sérvio de população majoritariamente albanesa, detonem conflitos semelhantes aos ocorridos na ex-Iugoslávia no início da década. Ontem, três albaneses morreram em bombardeio sérvio.
Segundo as Nações Unidas, mais de 35 mil albaneses já abandonaram a região em direção à Albânia devido à violência.
O presidente francês Jacques
Chirac deu ontem declarações semelhantes às de Clinton. "É necessário explorar todas as opções, incluindo uma intervenção militar", disse Chirac, segundo a porta-voz Catherine Colonna.
A afirmação foi feita após encontro com o primeiro-ministro
britânico Tony Blair.
As declarações dos líderes norte-americano e francês foram feitas um dia depois de a União Européia e os Estados Unidos terem imposto sanções contra os sérvios da Iugoslávia devido à violência em Kosovo. A comunidade internacional defende que seja devolvida à Província a autonomia relativa de que desfrutou de 1974 a 1989, quando ela foi revogada pelos sérvios, que controlam a região.
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