São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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Países parabenizam Sudão do Sul no dia de seu 'nascimento'

Independência de nação africana é saudada por EUA, Brasil e França; Obama, porém, não suspende sanções

Ditador do Sudão, que lutou contra separação, comparece à cerimônia, reafirma seu desejo de 'unidade', mas 'celebra'


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após lutar por décadas contra a separação da porção sul do país, o governo do Sudão congratulou ontem o surgimento do Sudão do Sul, a nação mais recente do globo.
O ditador Omar Bashir deu os parabéns pela independência do território agora vizinho. "Compartilhamos a felicidade e a celebração", afirmou aos sul-sudaneses, cuja vontade ele diz que "tem de ser respeitada, apesar de nossa crença de que a unidade do Sudão teria sido melhor".
Bashir perdeu quase três quartos das reservas de petróleo do Sudão com a separação, mas aposta em laços econômicos com o vizinho, que não tem infraestrutura para refinar o combustível.
Os EUA, que mantêm embargo ao Sudão desde 1997, saudaram "o nascimento de uma nação" em discurso do presidente Barack Obama. O país, porém, contrariou as expectativas de Cartum e não anunciou o fim das sanções.
O Brasil enviou representante à cerimônia de independência em Juba, a capital, e expressou, em nota, "confiança de que as partes possam superar suas diferenças e trabalhar rumo à estabilidade e à prosperidade".
Alcançar a prosperidade está entre as dificuldades da jovem nação, que tem a mais alta taxa de mortalidade mundial entre grávidas e recém-nascidos. China, Reino Unido e França também reconheceram ontem o país.
A cerimônia começou com mais de uma hora de atraso, na presença de líderes internacionais e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A segurança foi reforçada na capital, com dezenas de policiais e soldados cercando a região da celebração oficial.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir Mayardit, ofereceu anistia a grupos armados que resistem ao governo. "Prometo a vocês uma paz justa."


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