São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011 |
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Governo brasileiro demorou cinco anos para aderir ao programa DE SÃO PAULO "O Plano Brady foi bem-sucedido, mas foi o passo final em um caminho que já tinha sido trilhado. Os países já tinham declarado moratória", lembra Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda. Mailson comandava a economia brasileira em 1989, quando o governo americano lançou o programa de reestruturação da dívida dos países de Terceiro Mundo. O Brasil não aderiu naquele ano ao plano, embora tivesse decretado em 1987 calote da dívida externa contratual. "Conversamos com o FMI, havia um protocolo de manter as conversas, mas não tínhamos força política para adotar as medidas exigidas." O Plano Brady tinha o apoio do FMI e do Banco Mundial, que exigiam ajustes fiscais e privatizações, uma fórmula parecida com as medidas que a Grécia terá que adotar nos próximos anos. No Brasil, a baixa popularidade do governo Sarney e a proximidade das eleições tornavam quase impossível que o Congresso aprovasse um plano de austeridade. Por isso, a adesão do Brasil ao Plano Brady foi sacramentada apenas em 1994, no governo Itamar Franco. Testemunha de uma negociação que só foi concluída cinco anos depois, Mailson afirma que a Grécia não tem tanto tempo a perder. Ele cita que o sistema financeiro pode ter que aceitar uma redução da dívida grega maior do que a da América Latina na época. Texto Anterior: Plano dos anos 80 pode servir à Grécia Próximo Texto: Reino da Jordânia tem versão morna da Primavera Árabe Índice | Comunicar Erros |
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