São Paulo, sábado, 10 de agosto de 2002

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IRAQUE

Decisão pode ficar para 2003

Ataque a Bagdá ainda não tem data, diz Bush

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que ainda não definiu quando pretende lançar uma ofensiva militar para depor o ditador do Iraque, Saddam Hussein. Um alto funcionário da Casa Branca disse à agência Reuters que o governo americano poderia tomar essa decisão só no ano que vem.
Numa breve entrevista em seu rancho no Texas, onde passa férias, Bush afirmou não ter um cronograma de eventual ação contra Bagdá. "E, se tivesse, não diria a você ou ao inimigo."
A ala mais conservadora do governo defende uma ação militar para impedir que Saddam desenvolva armas nucleares ou utilize seus arsenais químicos e biológicos. Há, porém, forte oposição no mundo árabe e mesmo entre aliados dos EUA no Ocidente a uma nova guerra na região.
Ontem, o chanceler (premiê) da Alemanha, Gerhard Schröder, descartou a participação de seu país numa coalizão militar para depor Saddam.
Schröder, que está em campanha eleitoral, argumentou que um ataque ao Iraque não faz parte da guerra contra o terrorismo e que uma política de contenção e pressão internacional seria a melhor forma de lidar com a questão. Além disso, observou o chanceler, os militares alemães já estão sobrecarregados para tomar parte em um novo conflito.
Líderes dos seis principais grupos iraquianos de oposição no exílio se reuniram ontem com autoridades dos Departamentos de Defesa e de Estado dos EUA. Foi a primeira vez que o governo Bush promoveu um encontro do gênero para discutir formas de derrubar o regime do Iraque.
"Sentimos mais seriedade e comprometimento do governo dos EUA para derrubar o regime de Saddam e trabalhar com a oposição", disse Hamid al-Bayati, membro do Conselho Supremo da Revolução Islâmica, grupo iraquiano com sede no Irã.


Com agências internacionais

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