São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Turquia se negou a parar flotilha, diz Netanyahu

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Turquia ignorou repetidos apelos israelenses ao seu "alto escalão" para que detivesse a flotilha com intenção de furar o bloqueio à faixa de Gaza em maio, disse ontem o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
A declaração abriu a comissão que investiga o incidente em que oito ativistas turcos foram mortos, em 31 de maio, quando o Exército de Israel interceptou um navio, de uma flotilha de seis, que rumava à faixa de Gaza com ajuda humanitária.
A ação gerou uma controvérsia internacional sobre a validade do bloqueio à Gaza e sobre a legitimidade do ataque, feito em águas internacionais. Israel criou então uma comissão militar e outra civil para avaliar o incidente.
A militar concluiu que foi um erro a inteligência israelense não ter prevenido os soldados sobre a hostilidade de parte dos ativistas no barco. Netanyahu disse à comissão civil que o atrito entre Israel e ativistas turcos "aparentemente" não ia "contra os interesses" da Turquia.
A Turquia é o aliado muçulmano do Ocidente com melhores relações com Israel e pressiona o país para que peça desculpas pelo incidente, o que Netanyahu diz que não fará. Em seu depoimento, ele afirmou que a comissão concluirá que não houve violação da lei internacional.
A oposição acusou Netanyahu de desviar parte de sua responsabilidade para o ministro da Defesa, Ehud Barak. Ele disse que estava fora do país no dia do incidente e que não houve uma "análise profunda" da ação militar.


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