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Santa Cruz, Tarija e Beni registram atos de violência
DA REDAÇÃO
Além da tomada de uma
planta de distribuição de gás
em Tarija, vários outros episódios de protestos de oposicionistas bolivianos tendo organismos estatais como alvo foram registrados nos departamentos de Santa Cruz e Beni,
além da própria capital de Tarija. Na maior parte deles, braços
radicais de organizações civis
tomaram prédios públicos e aeroportos.
Em Santa Cruz, centenas de
membros da radical UJC
(União Juvenil Cruzenha), ligada ao Comitê Cívico local e ao
governo do departamento, tomaram as instalações do Serviço Nacional de Impostos, segundo o jornal "La Razón". Horas antes, de acordo com a rádio
Erbol, cerca de 50 militares haviam conseguido evitar uma
primeira investida opositora.
As sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária e da
empresa estatal de telecomunicações Entel na cidade também
foram tomadas e saqueadas.
Relatos davam conta ainda de
vários confrontos entre membros da UJC, que utilizavam artefatos explosivos, pedras e
paus, e policiais e militares, que
respondiam aos ataques com
gás lacrimogêneo. A Erbol contabilizava 16 feridos.
Segundo o "La Razón", as
ruas da cidade viraram "campos de batalha". A rádio Patria
Nueva afirmou ter sido alvo de
uma bomba atirada por pessoas
não identificadas. De acordo
com reportagem do próprio
veículo, as chamas geradas pelo
artefato só não chegaram aos
funcionários por causa da rápida ação dos bombeiros.
Na cidade de Tarija, cerca de
30 funcionários do governo departamental ocuparam a Superintendência de Hidrocarbonetos exigindo a interrupção do
fornecimento de gás, informou
a Erbol. Eles anunciaram que
ficarão no local até que o governo responda às demandas da
oposição. Confrontos com policiais e militares também foram
registrados na cidade.
Em Trinidad, capital de Beni,
membros do Comitê Cívico tomaram o aeroporto e estacionaram veículos na pista. O presidente do Comitê, Enrique
Monasterios, garantiu que não
iriam mais chegar nem partir
aviões. O aeroporto de Riberalta, outra cidade de Beni, também foi tomado, e os manifestantes prometiam ainda invadir os prédios públicos.
Com agências internacionais
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