São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Santa Cruz, Tarija e Beni registram atos de violência

DA REDAÇÃO

Além da tomada de uma planta de distribuição de gás em Tarija, vários outros episódios de protestos de oposicionistas bolivianos tendo organismos estatais como alvo foram registrados nos departamentos de Santa Cruz e Beni, além da própria capital de Tarija. Na maior parte deles, braços radicais de organizações civis tomaram prédios públicos e aeroportos.
Em Santa Cruz, centenas de membros da radical UJC (União Juvenil Cruzenha), ligada ao Comitê Cívico local e ao governo do departamento, tomaram as instalações do Serviço Nacional de Impostos, segundo o jornal "La Razón". Horas antes, de acordo com a rádio Erbol, cerca de 50 militares haviam conseguido evitar uma primeira investida opositora.
As sedes do Instituto Nacional de Reforma Agrária e da empresa estatal de telecomunicações Entel na cidade também foram tomadas e saqueadas. Relatos davam conta ainda de vários confrontos entre membros da UJC, que utilizavam artefatos explosivos, pedras e paus, e policiais e militares, que respondiam aos ataques com gás lacrimogêneo. A Erbol contabilizava 16 feridos.
Segundo o "La Razón", as ruas da cidade viraram "campos de batalha". A rádio Patria Nueva afirmou ter sido alvo de uma bomba atirada por pessoas não identificadas. De acordo com reportagem do próprio veículo, as chamas geradas pelo artefato só não chegaram aos funcionários por causa da rápida ação dos bombeiros.
Na cidade de Tarija, cerca de 30 funcionários do governo departamental ocuparam a Superintendência de Hidrocarbonetos exigindo a interrupção do fornecimento de gás, informou a Erbol. Eles anunciaram que ficarão no local até que o governo responda às demandas da oposição. Confrontos com policiais e militares também foram registrados na cidade.
Em Trinidad, capital de Beni, membros do Comitê Cívico tomaram o aeroporto e estacionaram veículos na pista. O presidente do Comitê, Enrique Monasterios, garantiu que não iriam mais chegar nem partir aviões. O aeroporto de Riberalta, outra cidade de Beni, também foi tomado, e os manifestantes prometiam ainda invadir os prédios públicos.


Com agências internacionais


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