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Irã deve libertar americana acusada de "espionagem"
Há mais de 13 meses, 3 jovens alpinistas estão presos, mas só mulher de 31 anos receberá perdão presidencial
Governo afirma que a libertação é um ato de clemência para marcar fim do Ramadã, mês
do calendário do islã
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Num gesto conciliador, o
Irã deve libertar amanhã
uma alpinista americana
presa em julho do ano passado acusada de espionagem.
Ali Reza Sharavi, que responde pelo escritório de mídia internacional do Ministério da Cultura, confirmou
que enviou mensagem aos
jornalistas para que eles
acompanhem a libertação de
Sarah Shourd, 31.
Ela, seu namorado Shane
Bauer, 27, além de um amigo
deles, Josh Fattal, 27, foram
surpreendidos por militares
iranianos na fronteira com o
Iraque.
O governo os acusa de espionagem, crime punido
com a morte.
Eles se defendem dizendo
que estavam em uma viagem
com o objetivo de escalar as
cadeias montanhosas da região. Se ultrapassaram a
fronteira, pisando em terras
iranianas, dizem, foi um ato
acidental.
A mãe de Sarah soube, por
meio de uma das ligações telefônicas permitidas pelos
funcionários da prisão, que
sua filha está com sérios problemas de saúde.
Em uma conversa, também por telefone, em agosto,
Sarah afirmou que as autoridades iranianas não concederam permissão para que
ela recebesse os devidos cuidados médicos.
As mães conseguiram permissão para se encontrar
com os filhos, durante os
mais de 13 meses de encarceramento, somente uma vez.
Em fevereiro deste ano, o
presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que só libertaria os três se fossem trocados
pelos iranianos mantidos como prisioneiros em território
americano.
"Nós esperamos e oramos
para que as reportagens sejam verdadeiras e que representem indicações do fim da
longa e difícil detenção de
nossas três crianças", afirmaram, em comunicado, as
mães dos jovens.
As autoridades iranianas
disseram que a libertação representa um ato de clemência para marcar o fim do mês
islâmico santo do Ramadã.
Mas o gesto de Teerã pode
servir para esfriar um pouco
a pressão internacional, especialmente dos EUA, sobre
o programa nuclear do Irã.
Os americanos dizem que
os iranianos têm por objetivo
usar esse tipo de tecnologia
para fins militares.
O Irã responde que está
enriquecendo urânio para
pesquisas médicas, como as
de combate ao câncer, e obtenção de energia.
O país também sofre críticas pelo possível apedrejamento de Sakineh Ashtiani,
acusada de adultério e de
matar seu ex-marido.
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