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Chávez manda fechar lojas do McDonald's por dois dias
Governo venezuelano alega problemas fiscais; medida inclui multa e atinge ainda franquias das americanas Wendy's e TGI Friday's
Palácio Miraflores-8.out.08/Efe
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Chávez em evento financeiro; medidas midiáticas aumentarem
DE CARACAS
O governo venezuelano, do
presidente Hugo Chávez, fechou ontem temporariamente
todas as 115 lojas do McDonald's do país. Ao menos na capital venezuelana, a medida
atingiu ainda as redes Wendy's
e TGI Friday's, igualmente
franquias norte-americanas.
De acordo com a fiscalização
tributária, os estabelecimentos
não funcionarão durante 48
horas por apresentarem "inconsistências nos livros de
compra em venda".
A punição não ficou só nisso.
Além de só reabrirem amanhã
às 14h, cada loja do McDonald's
terá de pagar uma multa de
1.150 bolívares fortes (R$1.169
no câmbio oficial), segundo nota do governo.
Ontem à noite, a reportagem
verificou que, na americanizada região da praça Altamira, as
lojas do McDonald's, da
Wendy's e do TGI Friday's estavam de portas fechadas. O governo, no entanto, não mencionou essas duas últimas franquias em nota à imprensa.
Segundo o governo, a operação mobilizou mais de 200 funcionários de cinco diferentes
órgãos: Seniat (Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária),
Ministério do Trabalho, Indepabis (Instituto para a Defesa
das Pessoas no Acesso aos Bens
e Serviços), Inces (Instituto de
Capacitação e Educação Socialista) e Inpsasel (Instituto Nacional de Prevenção, Saúde e
Segurança Trabalhista).
No caso dos McDonald's, são
três empresas diferentes que,
sob a franquia, mantêm cada
uma suas lojas. Mesmo assim,
alega o Seniat, todas incorreram na mesma irregularidade.
O fechamento temporário de
estabelecimentos pelo Seniat
-versão venezuelana da Receita Federal- é comum na Venezuela, mas raramente é estendido simultaneamente a empresas diferentes.
Não é a primeira vez que as
lojas do McDonald's foram fechadas temporariamente sob o
governo Chávez, um feroz crítico dos EUA. Operação similar
já havia sido realizada em 2005.
Nas últimas semanas, o governo tem tomado algumas
medidas de impacto midiático,
como as expulsões do embaixador americano e do representante da ONG Human Rights
Watch, em meio à campanha
eleitoral para as eleições regionais em 23 de novembro.
(FM)
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