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GUERRA SEM LIMITES
Explosões atingiram três hotéis freqüentados por ocidentais; autoridades crêem em ação da Al Qaeda
Três atentados em Amã matam ao menos 67
DA REDAÇÃO
Três atentados a bomba contra
três hotéis na capital da Jordânia,
Amã, mataram ontem dezenas de
pessoas e feriram mais de 150. De
acordo com o que disse à CNN o
vice-premiê jordaniano, Marwan
Muasher, o número de mortos
chegou na noite de ontem a 67.
Segundo a polícia local, os ataques, praticamente simultâneos,
têm a marca da Al Qaeda.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, condenou os ataques
por meio de um porta-voz e prometeu ajuda na investigação ao
governo da Jordânia, aliado de
Washington.
Os hotéis atingidos pelas explosões foram o Grand Hyatt, o Radisson e o Days Inn, freqüentados
por executivos e diplomatas europeus e americanos. O Radisson é
particularmente popular entre turistas israelenses e já foi alvo de
várias tentativas frustradas de ataque. De acordo com o vice-premiê Muasher, o Hyatt e o Radisson foram alvos de homens-bomba, enquanto o Days Inn foi atacado por um carro-bomba.
Segundo a agência de notícias
Associated Press, a explosão no
Hyatt destruiu completamente a
entrada do hotel. "Foi um milagre
termos escapado sem nenhum arranhão", disse à agência um hóspede britânico do Hyatt.
No Radisson, a explosão ocorreu durante uma festa de casamento com mais de 300 convidados. Nesse hotel, ao menos cinco
pessoas morreram e 20 ficaram
feridas.
Nos três hotéis há seguranças
privados, contratados de uma
mesma empresa jordaniana, postados no lobby de entrada. Cada
um dos estabelecimentos é também patrulhado por um ou dois
carros de polícia.
"Enfim os terroristas conseguiram burlar a segurança na Jordânia", disse o jornalista Ayman al
Safadi, editor do jornal local "Al
Ghad", em referência a diversas
tentativas de atentado que, no
passado, foram frustradas.
A Jordânia tem conseguido escapar à onda de ataques terroristas no Oriente Médio, e sua capital
é vista como um ponto de estabilidade na turbulenta região. Porém
nem sempre os jordanianos têm
sido bem-sucedidos na contenção
dos terroristas: em 19 de agosto
último, três foguetes foram disparados contra um navio da Marinha dos EUA ancorado no porto
de Ácaba, mas não o atingiram.
A Jordânia tem prendido recentemente militantes islâmicos suspeitos de planejar atentados e tem
também sentenciado à morte suspeitos de terrorismo à revelia, como fez com o líder da Al Qaeda no
Iraque, Abu Musab al Zarqawi,
jordaniano de nascimento.
Luta
O rei Abdullah 2º, da Jordânia,
que estava em viagem oficial ao
Cazaquistão, já estava retornando
aos seu país na noite de ontem.
Segundo o soberano, o "bando de
criminosos" que cometeu os
atentados não impedirá a Jordânia de continuar sua "luta contra
o terrorismo".
Segundo o Itamaraty, não havia,
até a noite de ontem, registros de
brasileiros mortos nos ataques. A
Embaixada de Israel em Amã
também declarou que não havia
informações sobre relatos de israelenses mortos.
Com agências internacionais
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