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TERRORISMO
Pior atentado no Afeganistão desde 2001 matou 59 crianças
DA REDAÇÃO
O governo do Afeganistão
afirmou que o atentado da
última terça-feira foi o mais
sangrento no país desde a
derrubada do regime do Taleban pelos EUA, em 2001:
matou 59 crianças, de oito a
18 anos de idade, e feriu outras 96.
As crianças, todas meninos que estudavam em uma
escola próxima ao local do
ataque suicida, na Província
de Baghlan, participavam da
cerimônia de recepção a parlamentares oposicionistas
que visitavam a região. Entre
os mortos, cujo número total
ainda não foi revelado, estão
também professores e parlamentares, além de policiais.
Uma das vítimas foi Mostafa
Kazemi, líder e porta-voz do
maior partido de oposição do
país, a Frente Nacional.
O Ministério da Educação
do Afeganistão ordenou ontem que nenhuma criança
tome mais parte em eventos
como o de terça, a não ser
que com "finalidade estritamente educacional".
A região norte do país, onde ocorreu o atentado, é palco de tensões entre o governo étnico tadjique e remanescentes do grupo militante
Hezb-i-Islami, cujo líder, da
etnia pashtu, é aliado de Osama bin Laden.
O grupo fundamentalista
Taleban, cujo bastião é a região sul do país, onde tem
combatido tropas da Otan
(aliança militar ocidental),
declarou não ter sido responsável pelo ataque em Baghlan. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.
Neste ano, mais de 5.700
pessoas morreram em confrontos no Afeganistão.
Com agências internacionais
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