São Paulo, terça, 10 de novembro de 1998

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APÓS O FURACÃO
Presidentes se reúnem em aeroporto de El Salvador
América Central faz cúpula por ajuda

Associated Press
Nicaraguense joga combustível para cremar vítimas do Mitch


das agências internacionais

Presidentes da América Central lançaram ontem um pedido de ajuda a Estados e organismos internacionais para recuperar seus países, atingidos há dez dias pelo furacão Mitch, que deixou na região mais de 10,5 mil mortos, 19 mil desaparecidos e 2,5 milhões de desabrigados.
Líderes de Honduras, Nicarágua, El Salvador, Costa Rica e Panamá reuniram-se no aeroporto internacional da capital salvadorenha, San Salvador.
Ontem, o Ministério das Finanças da França disse que os débitos com o governo francês de Nicarágua e Honduras, os países mais afetados, seriam cancelados. O ato vale mais por seu valor simbólico, já que o tamanho dos débitos (US$ 69,8 milhões e US$ 29,4 milhões, respectivamente) é pequeno se comparado ao total das dívidas externas (US$ 9,2 bilhões e US$ 4,5 bilhões).
Também ontem, o premiê francês, Lionel Jospin, defendeu suspensão do pagamento pelos países centro-americanos de suas dívidas externas. O presidente do país, Jacques Chirac, anunciou que deve visitar a região atingida na segunda-feira.
A chancelaria alemã afirmou ser favorável à proposta de Jospin, mas disse que não poderia adotá-la unilateralmente. Segundo um porta-voz do órgão, tal medida teria de ser discutida em conjunto pelos credores.
O embaixador hondurenho nos EUA, Edgard Dumas Rodríguez, pediu que Washington coordene um plano de ajuda à América Central semelhante ao Plano Marshall, destinado a recuperar os países europeus destruídos pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Honduras foi o país mais atingido pelo Mitch -em território hondurenho registraram-se 7.000 mortos. Da população do país, de cerca de 6 milhões, um terço ficou desabrigado.



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