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FRANÇA
Terrorista reclama de isolamento "total'
Chacal inicia greve de fome na prisão
MARIANA SGARIONI
de Paris
O terrorista venezuelano Carlos,
o "Chacal", preso em Paris desde
1994, iniciou no último dia 3 uma
greve de fome para protestar contra o regime de isolamento total a
que está submetido.
Carlos, cujo verdadeiro nome é
Illich Ramírez Sánchez, reclama
que "a administração penitenciária proibiu-o de escrever aos seus
advogados, contrariando o direito
legítimo de todo prisioneiro".
Uma das advogadas do terrorista, Francis Vuillemin, enviou ontem uma carta ao presidente francês, Jacques Chirac, pedindo que
ele intervenha no caso de seu cliente. "Nunca um prisioneiro na
França republicana e democrática
chegou a esse extremo de tortura
moral", diz a carta.
Em sua segunda semana de greve
de fome total, Carlos está determinado a manter sua decisão, segundo a advogada.
De acordo com os médicos penitenciários, uma pessoa que não se
hidrate por mais de seis dias corre
risco de vida.
Carlos foi condenado à prisão
perpétua, em dezembro do ano
passado, pela morte de dois policiais franceses e de um colega libanês que o delatou em 1975.
Capturado por agentes de inteligência no Sudão, em 1994, foi levado para a prisão na França. O criminoso mais procurado nos anos
70 e 80 -que, no período, chegou
a participar de organizações terroristas palestinas- tem ainda cinco
processos pendentes por atentados que deixaram um saldo de 13
mortos e vários feridos em território francês.
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