São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2009

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Milhares saem às ruas da Europa e do mundo árabe contra a ofensiva

Na Argélia, protesto em apoio a palestinos termina em conflito com 63 feridos

DA REDAÇÃO

Dezenas de milhares de pessoas realizaram protestos ontem em diversas cidades da Europa e do mundo árabe -e em Washington, em frente à Casa Branca- contra a ofensiva em Gaza. Em algumas delas, como Londres e Paris, houve enfrentamentos entre polícia e manifestantes. Os incidentes mais graves foram na Argélia, onde mais de 60 ficaram feridos.
No Reino Unido, grupos pacifistas e de solidariedade aos palestinos organizaram protestos em seis cidades, incluindo a capital, onde cerca de 50 mil marcharam até a Embaixada de Israel. Do ato, que pedia a aplicação imediata do cessar-fogo aprovado pela ONU, participaram judeus, muçulmanos, estudantes, sindicalistas, celebridades e políticos como o ex-prefeito londrino Ken Livingstone.
Na França, as manifestações pelo país reuniram mais de 120 mil pessoas, um quarto das quais na capital, Paris. Os protestos espalharam-se por todas as principais cidades, como Lille (10 mil), Lyon (5.000), Marselha e Lille (4.000 em cada).Em Barcelona (Espanha), 30 mil foram às ruas protestar.
Em Duisburgo, na Alemanha, 10 mil pessoas fizeram ato contra a violência e o bloqueio econômico a Gaza. Houve protestos também na capital Berlim e em outras quatro cidades.
Ocorreram manifestações também em algumas das principais cidades italianas, além de Áustria, Suécia, Noruega e Escócia, onde sapatos foram jogados contra consulado dos EUA.
Em Argel (Argélia), cerca de 60 mil manifestantes protestavam no bairro de elite El Biar, onde estão as embaixadas dos EUA e do Egito, alvo de crítica no mundo islâmico, que acusa o Cairo de conivência com a ação israelense. Segundo o governo, vândalos saquearam lojas, depredaram carros e bens públicos, entrando em conflito com a tropa de choque. Quarenta civis e 23 policiais feriram-se.
Houve protestos ainda no Líbano e na Malásia. Em Nabatiyeh, no sul libanês, cerca de 20 mil pessoas participaram de manifestação organizada pelo Hizbollah, que lutou contra Israel em 2006 e apoia o Hamas.

Com agências internacionais



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