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Milhares saem às ruas da Europa e do mundo árabe contra a ofensiva
Na Argélia, protesto em apoio a palestinos termina em conflito com 63 feridos
DA REDAÇÃO
Dezenas de milhares de pessoas realizaram protestos ontem em diversas cidades da Europa e do mundo árabe -e em
Washington, em frente à Casa
Branca- contra a ofensiva em
Gaza. Em algumas delas, como
Londres e Paris, houve enfrentamentos entre polícia e manifestantes. Os incidentes mais
graves foram na Argélia, onde
mais de 60 ficaram feridos.
No Reino Unido, grupos pacifistas e de solidariedade aos
palestinos organizaram protestos em seis cidades, incluindo a
capital, onde cerca de 50 mil
marcharam até a Embaixada de
Israel. Do ato, que pedia a aplicação imediata do cessar-fogo
aprovado pela ONU, participaram judeus, muçulmanos, estudantes, sindicalistas, celebridades e políticos como o ex-prefeito londrino Ken Livingstone.
Na França, as manifestações
pelo país reuniram mais de 120
mil pessoas, um quarto das
quais na capital, Paris. Os protestos espalharam-se por todas
as principais cidades, como Lille (10 mil), Lyon (5.000), Marselha e Lille (4.000 em cada).Em Barcelona (Espanha),
30 mil foram às ruas protestar.
Em Duisburgo, na Alemanha, 10 mil pessoas fizeram ato
contra a violência e o bloqueio
econômico a Gaza. Houve protestos também na capital Berlim e em outras quatro cidades.
Ocorreram manifestações
também em algumas das principais cidades italianas, além de
Áustria, Suécia, Noruega e Escócia, onde sapatos foram jogados contra consulado dos EUA.
Em Argel (Argélia), cerca de
60 mil manifestantes protestavam no bairro de elite El Biar,
onde estão as embaixadas dos
EUA e do Egito, alvo de crítica
no mundo islâmico, que acusa o
Cairo de conivência com a ação
israelense. Segundo o governo,
vândalos saquearam lojas, depredaram carros e bens públicos, entrando em conflito com
a tropa de choque. Quarenta civis e 23 policiais feriram-se.
Houve protestos ainda no Líbano e na Malásia. Em Nabatiyeh, no sul libanês, cerca de 20
mil pessoas participaram de
manifestação organizada pelo
Hizbollah, que lutou contra Israel em 2006 e apoia o Hamas.
Com agências internacionais
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