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RECONCILIAÇÃO
Londres e Trípoli normalizam relações, com aprovação dos EUA
Blair se encontrará com Gaddafi
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro britânico,
Tony Blair, tem a intenção de se
encontrar proximamente com o
ditador líbio, Muammar Gaddafi,
como forma de reconhecer a reinserção da Líbia na comunidade
internacional. Ela anunciou, em
dezembro, o projeto de abandonar seus programas de produção
de armas de destruição em massa.
"Esperamos que a data do encontro [não se sabe se ele ocorrerá
em Londres ou em Trípoli] seja
acertada em breve", disse Jack
Straw, chanceler do Reino Unido.
Gaddafi, que procura acabar
com a imagem da Líbia de um
"Estado delinqüente" e adepto do
terrorismo, designação dada por
Washington, recebeu ontem o
primeiro-ministro italiano, Silvio
Berlusconi.
A Itália manteve a Líbia como
protetorado entre 1911 e 1941 e
ainda é hoje seu principal parceiro comercial na Europa.
Berlusconi foi o primeiro governante ocidental a visitar a Líbia
desde que a ONU suspendeu, em
2003, as sanções econômicas contra o país, também acusado de ter
derrubado dois aviões civis de
passageiros, um DC-10 francês da
UTA e um Boeing-747 norte-americano da Pan Am. Familiares
das vítimas dos dois atentados,
ocorridos no final dos anos 80, foram indenizados em janeiro último.
O anúncio de que Blair e Gaddafi se encontrariam foi feito em
Londres, onde o chanceler líbio,
Abdel Rahman Shalqam, foi recebido pelo primeiro-ministro, no
primeiro contato de alto nível entre os dois governos desde 1969.
O Reino Unido negociou com a
Líbia o abandono, anunciado a 19
de dezembro, de seus programas
nuclear e de outras armas proibidas. Segundo Jack Straw, o regime
de Trípoli estava "cooperando
plenamente" com os inspetores
internacionais credenciados para
vistoriar suas instalações.
Straw também disse ontem que
a Líbia se comprometeu finalmente a identificar os responsáveis pela morte de uma policial
britânica, em 1984, atingida por
disparos de dentro da embaixada
líbia em Londres, quando os seguranças líbios do prédio tentaram dissolver uma passeata de
opositores a Gaddafi.
A reconciliação oficial entre o
Reino Unido e a Líbia foi acompanhada de perto pelos EUA. Diplomatas americanos participaram
desde sexta, em Londres, das negociações preparatórias à visita
do chanceler líbio.
Com agências internacionais
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